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Claffica corona, la couronne 'navale qui fè don-
.noit à ceux qui- avoient remporté la viâoire dans
un combat naval. Claffici, dans Quinte-Curce, IV ,
iîj y 13. fignifie les matelots.
2.0. Claffici cives étoient les citoyens de la première
clalTe j car il faut obfèrver que le roi Servius
avoit partagé tous les citoyens romains en cinq
clalfes. Ceux qui, félon l’évaluation qu’on en fait,
avoient mille deux-cents cinquante livres de revenu
au moins, ou qui en avoient davantage ; ceux-là,
dis-je , étoient appelés claffiques. Claffici diceban-
tu/ primez tantum claffis ho mine s , qui centum &
viginti quinque millia oeris, ampliusve, cenji erant.
Aul. Gel j . VII. 13. Claffici tejles y fè difoit des témoins
irréprochables, pris de quelques clalTes de
citoyens. Claffici tejles , dit Fèftus, diceb antur qui
fignandis tefianientis adhibebantur. Et Scaliger
ajoute ƒ qui enim cives romani erant, omnino in
aUqua claffe cenfebantur ; qui non haèebant claf-
Jem y me cives romani erant.
C ’efl de là que,dans Aulugelle, X I X , 8, autores
claffici ne veut pas 'dire les, auteurs claffiques,
dans le fens- que nous donnons parmi nous à ce
mot ; mais autores claffici lignifie les auteurs du
premier ordre , feriptores primas notre & proefian-
tiffimi, tels que Cicéron, V irg ile , Horace, &c.
( M . d u M ars a ï s . )
CLEF 9- terme de Polygraphie & de Stégano—
graphie, c’eft à dire , de l’Art qui apprend à faire
des caradères particuliers dont on fè fert pour écrire
des lettres qui ne peuvent être lues que par des
perfonnes qui ont la connoiflance des cara&ères dont
on s’eft fèrvi pour les-écrire; c’eft ce qu’on appelle
Lettres en chiffres. Voy. Chiffre & Déchiffrer.
Or les perfonnes qui s’écrivent-de ces fortes de
lettres ont chacune de leur côté un alphabet ,où la
valeur de chaque caradère convenu eft expliquée :
par exemple, fi l ’on eft convenu qu’une étoile lignifie
a , l’alphabet porte * , . . . . a ; ainfi des autres
lignes.
Or Ces - fortes d’alphabefs qu’on appelle C le fs ,
efl' terme de Stéganographie , c’eft une métaphore
prife des Clefs qui fervent à ouvrir les portes des
maifons , des chambres , des armoires, &c. & nous
donnent air.fi lieu de voir le dedans ; de même les
Clefs ou alphabets dont nous parlons donnent le
moyen dentendre le fens des lettres en chiffres;
elles fervent a déchiffrer la lettre, ou quelqu’autre
écrit en caraderes finguliérs & convenus.
.C’eft par une pareille extenfîon ou métaphore
qu on donne le nom de Clef à tout ce qui fèrt à
éclaircir ce qui a d’abord -été présenté fous quelque
voile, & enfin a tout ce qui donne une intelligence
-qu on n avoit pas fans cela. Par exemple , s il eft
vrai que la Bruyère', par Ménalque, Philémon, &cv
ait voulu parler de telle perfonne, la lifté où les
noms de ces perfonnes fonj écrits après ceux fous
lefque's la Bruyère les a cachés : cette lifte , dis-je,
eft ce qu’on appelle la C le f de- la Bruyère, C’eft
C(EU
a in f i q u ’ o n d i t , la C le f de Rabelais, ta C le f du
Catholicon d'B.fpagne, & c .
C e f t e n c o r e p a r l a m êm e f i g u r e q u e l ’o n d i t q u e
la Logique efl la CLef des Jciences , p a r c e q u e
c om m e l e b u t d e l a L o g iq u e e ft d e n o u s a p p r e n d r e
a m i to n n e r a v e c . j u f t e f i è , & à d é v e lo p p e r le s f a u x
r a i fo n n em e n t s , i l e ft é v id e n t q u ’ e l l e n o u s é c l a i r e &
n o u s c o n d u i t d a n s l ’ é tu d e d e s ^autres f c i e n c e s : e l l e
n o u s e n o u v r e , p o u r a in f i d i r e , l a p o r t e , & n o u s
f a i t v o i r c e q u ’e ll e s o n t d e fo l id e , & c e q u ’i l
p e u t y a v o i r d e d e f e d u e u x o u d e m o in s e x a d . .
s {M , d u M ars a ïs . )
C L I M A X , ( Belles-L ettres. ) D u g r e c ifpoïfc ,
gradation. F i g u r e d e R h é t o r iq u e p a r l a q u e l l e l e
d ife o u r s s’ é l è v e o u d e fe e n d c om m e p a r d e g r é s : t e l l e
e ft c e t t e p e n fé e d e C i c é r o n c o n t r e C a t i l in a ; Nihil
aë l s % n:hd moliris , nihil cogitas , quod ego non
audiam , non videam , planèque fentiam y: tu n e
fa is r i e n , tu n ’ e n t r e p r e n d s r ie n , tu n e p e n te s r i e n ,
q u e je n ’ a p p r e n n e , q u e je n e v o y e , d o n t j e n e fo is
p a r fa i t em e n t in f t r u i t : o u c e t t e in v i t a t io n à fo n am i
A t t î c u s Si dormis, expergifeere ; f i fia s , ingre-
dere y f i ingrederis , curre y f i curris , advola :
o u c e t r a i t c o n t r e V e r r è s : C e fl un forfait que de
mettre aux fers un citoyen romain y un crime ,
que de le faire battre de verges y prefque un parricide
, que de le mettre à mort y que dirai-je, de le
faire crucifier? ( U abbé M allet,i )
. C L Y S T Ê R E , L A V E M E N T , R E M È D E . Syn.
C e s t r o i s t e rm e s , f ÿ n o n ym e s e n M é d e c in e & e n
P h a rm a c i e , n e fo n t p o in t a r r a n g é s i c i a u h a z a r d ;
i l s l e fo n t fé lo n l ’ o rd r e c h r o n o lo g iq u e d e l e u r f u c -
c e f f io n d an s l a l a n g u e .
I l y a l o n g tem p s q u e Clyfière n e f è d it p lu s .
Lavement l u i a fù c c é d é .; & fo u s l e r è g n e d e
L o u i s , X I V , l ’ a b b é d e S. C y r a n l e m e t to i t d é jà
a u r a n g d e s m o ts d é sh o n n ê te s q u ’ i l r e p r o ç h o i t a u
P . G a r a f iè . O n a fû b f t i tu é d e no s jo u r s l e t e rm e d e
Remède à c e lu i d e Lavement : Remède e f t é q u i v
o q u e ; m a is c ’e f t p a r c e t t e r a i fô n m êm e q u ’ i l e ft
h o n n ê t e .
Clyfière n ’a p lu s l ie u q u e d an s l e b u r l e f q u e ; &
Lavement, q u e d an s l e s a u te u r s d e M é d e c in e ; d an s
l e l a n g a g e o rd in a i r e o n n e d o i t d i r e q u e Remède.
( Le chevalier de J aucourt. )
(N . ) C OE U R , C O U R A G E , V A L E U R , B R A - ,
V O U R E , I N T R É P I D I T É . Synonymes.
L e Coeur b a n n it l a c r a in t e o u l a fù rm o n t e ; i l
r .e p e rm e t p a s d e r e c u l e r , & t ie n t f e rm e d an s l ’o c -
c a f io n . L e Cou/age e ft im p a t ie n t d ’ a t t a q u e r ; i l n e
s ’em b a r r a f lè p a s d e l à d i f f i c u l t é , & e n t r e p r e n d h a r d
im e n t . L a Valeur a g i t a v e c v i g u e u r ; e l l e n e
c è d e p a s à l a r é f i f t a n c e , & c o n t in u e l ’ e n t r e p r i f è
m a lg r é le s o p p o fit io n s & l e s e ffo r t s c o n t r a ir e s . L a
Bravoure n e c o n n o j t p a s l a p e u r ; e l l e c o u r t a u
d a n g e r d e b o n n e g a r c e , & p r é f è r e l ’h o n n e u r a u
fo in d e l a v i e . L J'Intrépidité a f fro n te & y o i t d e fa n g
c o L
froid le péril le plus évident ; elle n’ell point effrayée
d’une mort prélè-nte.
Il entre dans l’idée des trois premiers de ces mots
plus de rapport à l ’adion, que dans celle des deux
derniers ; & ceüx-ci à' leur tour renferment dans
leur idée particulière un certain rapport au danger,
que les premiers n’expriment pas.
Le Coeur foutient dans l’adion. Le Courage fait
avancer. La Valeur fait exécuter. La Bravoure
fait qu’on s’expofè. L ’Intrépidité fait qu’on fè
facrifie.
Il faut que le Coeur ne nous abandonne jamais ;
que le Courage ne nous détermine pas toujours à
agir ; que la Valeur ne nous faffe pas méprifèr
1 ennemi ; que la Bravoure ne fè pique pas de
paroître mal à propos ; & que l’Intrépidité' ne fè
montre que dans le cas où le devoir & la néceffité
y engagent. Voye£ C o u r a g e , Br a v o u r e . Syn•
C o u r a g e , Br a v o u r e , V a l e u r . Syn. V aleur ,
C o u r a g e . Syn. ( L ’abbé G i r a r d .)
* COLÈRE, COURROUX, EMPORTEMENT.
Synonymes.;' * ■ r , ..... v
(5 Une agitation impatiente contre quelqu’un qui
nous obftine , qui nous offenfè, ou qui nous manque
dans l’occafion , fait le caradère commun que cés
trois mots expriment. Mais la Colère dit une pafi-
fion plus intérieure & de plus de durée , qui diffi-
mule quelquefois, & dont il faut alors fe defier. Le
Courroux, enferme dans fou idée quelque chofe qui
tient de la fupériorité , & qui refpire hautement la
vengeance ou la punition; il eft auffi d’un ftyle
ampoulé. IdEmportement n’exprime proprement
qu’un mouvement extérieur qui éclate & fait beaucoup
de bruit, mais qui paffe promptement.
Le coeur eft véritablement piqué dans la Colère ;
& il a peine à pardonnner fi l’on ne s’adreiïe pas
diredement à lui : mais il revient dès qu’on fait le
prendre. Souvent le Courroux n’a d’autre mobile
que la vanité, qui exige Amplement une fatisfadion ;
& parce qu’alors i l agit plus par jugement que par
fèntiment, il en eft plus difficile à appaifèr. Il arrive
allez ordinairement que la chaleur du fmg & la
pétulance de l’imagination occafionnent l ’Emportement
, fans que le coeur ni l’efprit y ayent part :
il eft alors tout méchanique, c’eft pourquoi la raifon
n’eft point de mifè à fon égard ; il n’y a donc qu’à
céder jufqu’à ce qu’il ait eu fon cours.
La Colère marque beaucoup d’humeur 8c de fèn-
fibilité ; celle de la femme eft la plus dangereufè.
Le Courroux marque beaucoup dé hauteur & de
fierté y celui du prince eft le plus à craindre. LlErn^-
portement marque beaucoup d’aigreur & d’impatience
; celui de nos amis eft le plus défagréable &
le plus dur à foutenir. ) ( U a bb é G ir a r d .)
Le Courroux eft la marque extérieure de
la Colère y Y Emportement en eft l’excès.
(M . d ’^ l e m b e r t . )
C O L L E C T I F , a d j. ( Gramnu) Ce m o t y i e n t
C O L 407
d u l a t in colligere, r e c u e i l l i r , r a f ï èm b îe r . C e t a d -
j e d i f f è d i t d e c e r ta in s n om s fu b f ta n t i f s q u i p r é -
f e h t e n t à l ’ e fp r i t l ’id é e d ’ u n T o u t , d ’ u n e n f èm b l e ,
fo rm é p a r l ’ a fT em b la g e d e p lu fie u r s in d i v id u s d e
m êm e e fp è c e ; p a r e x e m p l e , Armée e f t u n n o m
collectif, i l n o u s p r é f e n t e l ’id é e f in g u l i è r e d ’ u n
e n f em b l e , d ’ u n T o u t , fo rm é p a r l ’a ü èm b l a g e o u
r é u n io n d e p lu f i e u r s fo ld a t s : Peuple e ft a u f f i u n
t e rm e colleàif, p a r c e q u ’ i l e x c i t e d an s l ’ e fp r i t
l ’ id é e d ’ u n e c p l l e & i o n d e p lu f i e u r s p e r fo n n e s r a f -
f em b lé è s e n u n c o r p s p o l i t iq u e , v i v a n t e n f o c ié t é
fo u s l e s m êm e s lo i s : Forêt e f t e n c o r e u n n o m
collectif; c a r c e m o t , fo u s u n e e x p r e f f io n f in g u l
i è r e , e x c i t e l ’ id é e d e p lu f ie u r s a r b r e s q u i fo n t l ’ u n
a u p r è s 'd e l ’ a u t r e a in fi , l e n om collectif n o u s d o n n e
l ’ id é e d ’ u n ité p a r u n e p lu r a l i t é a f iëm b l é e .
M a is o b f è r v e z q u e , p o u r fa i r e q u ’ u n n om fo ït
collectif, i l n e fu ff it p a s q u e l e Tout fbit c om p o f é
d e .p a r t i e s d iv i f ib le s : i l fa u t q u e c e s p a r t ie s fo ie n t
a c tu e llem e n t fé p a r é e s , & q u ’ e l l e s a y e n t c h a c u n e
l e u r ê t r e à p a r t ; a u t r e m e n t , l e s n om s d e c h a q u e
c o r p s p a r t i c u l i e r f è r o ie n t a u ta n t d e n om s collectifs ;
c a r to u t c o r p s e f t d iv i f ib l e : a i n f i , Homme n ’ e ft p a s
u n n om collectif, q u o iq u e l ’ h om m e fo i t c om p o f é
d e d if f é r e n te s p a r t ie s ; m a i s Ville eft u n n o m collect
i f , fbit q u ’o n p r e n n e c e m o t p o u r u n a f f em b la g e
d e .d i f fé r e n t e s m a i f o n s , o u p o u r u n e fo c ié t é d e d iv e r s
c i t o y e n s ; i l e n e ft d e m êm e d e Multitude, Quantité,
Régiment, Troupe , la Plupart, & c .
I l f a u t o b f e r v e r i c i u n e m a x im e , im p o r t a n t e d e
G r a m m a i r e , c ’ e f t q u e l e fe n s e f t l a p r in c ip a l e r è g l e
d e l a c o n f t ru é t io n : a in fi , q u a n d o n d i t q u ’ tm e infinité
de perfonnes foutiennent, l e v e r b e foutiennem e f t
a u p l u r i e l , p a r c e q u ’e n e f f e t , f é lo n l e f è n s , c e fo n t
p lu f ie u r s p e r fo n n e s q u i fo u t ie n n e n t : Yinfinite n ’ e f t
q u e p o u r m a r q u e r l a p lu r a l i t é d e s p e r fo n n e s q u i
fo u t ie n n e n t ; a in fi , i l n’ y a r ie n c o n t r e l a G r a m m
a i r e d an s c e s ’ fo r te s d e c o n f t r u â io n s . C ’ e f t a in f i
q u e V i r g i l e a d i t : Pars merfiT tenuere ratem y &
d a n s S a l iu f t e , Pars in cqrcerem a c li, pars beftiis
objecli. O h r a p p o r t e c e s c o n f t ru é t io n s à u n e f i g u r e
q u ’ o n a p p e l l e SylLepfe ; ^ d ’ a u t r e s l a n om m e n t Syn-
thèfe : m a is l e n om n e f a i t r ie n à l a c h o f è ; c e t t e
f i g u r e c o n fift e à fa i r e l a c o n f t r u & io n fé lo n l e fe n s p lu s tô t q u e fé lo n le s m o t s . V?ye\ Construction.
( M . p u M ars a ïs . )
C O L L È G E , f m . É t a b l i f f em e n t p u b l i c d e f t in c
à e t t f è ig n e r g r a tu i t em e n t a u x je u n e s g e n s le s c l é m
e n t s d e l a R e l i g io n , d e s H u m a n i t é s , & d é s B e l l e s -
L e t t r e s .
C h e z l e s g r e c s , le s Collèges l e s p lu s c é l è b r e s
é to ie n t l e L y c é e & l ’A c a d é m i e : c e d e r n i e r a d o n n é
l e n om à n o s u n iv e t f i t é s , q u ’ o n a p p e ll e e n la t in
Academies ; m a is p lu s p r o p r em e n t e n c o r e à c e s
fb c ié t é s l i t t é r a i r e s q u i d e p u i s u n .f iè c le fè fo n t f o r m
é e s e n E u r o p e . O u t r e c e s d e u x f a m e u x Collèges
d ans l ’ a n t iq u it é g r è q u e , l a m a i fo n o u l ’ a p p a r t em e n t
d e c h a q u e p h ilo s o p h e o u r h é t e u r p o u v o i t ê ç r e re.'
g a r d é c om m e u n Collège p a r t i c u l i e r .