
 
        
         
		On fe fert dans ce travail, des mêmes roues  , tou-  
 rets , platines  d’étain &  autres outils dont il eft parlé  
 dans  la gravure  des pierres  précieufes , félon l’occa-  
 fion &   le  befoin  qu’on  en  a  ,  tant  pour  donner  
 quelque  figure  aux pierres,  que pour  les  percer &   
 pour  les  polir  :  on a  dés compas pour prendre les  
 mefures  ,  des  pincettes  de  fer  pour  dégarnir les  
 bords des pierres, des  limes de  cuivre à main 6c fans  
 dents  , &  d’autres limes de  toutes  fortes. 
 P i e r r e   a  BROYER  les  couleurs  des Peintres,   fo n t   
 d e s   p ie r re s   q u i  fo n t   o rd in a ir em en t   de   p o r p h i r e ,  
 d ’ é c a i lle  d e  m e r ,  o u  au t res  p ie r re s  trè s -d u re s . Voyc{  
 nos planches. 
 P i e r r e   d e   c r a i e   ,  dont  les Peintres  fe fervent  
 pour  defliner. Voye^  C r a y o n . 
 P ie r r e   d e  m in e   d e   p l o m b  ,   fe rv a n t   à   d e fline r .  
 Voye^  C r a y o n . 
 P i e r r e  n o i r e ,  f e rv a n t  à d e flin e r . Voyc{ C r a y o n . 
 P i e r r e   s a n g u i n e ,  fe rv a n t   à  d e flin e r .  Voyeç  
 C r a y o n . 
 P i e r r e  A  r a s o i r  , (  Perruquier. )   eft une forte de  
 pierre polie &   dont le  grain eft très-fin :  on s’en  fert  
 pour aiguifer les  rafôirs  en  y   répandant de l’huile,  
 6c paffant  obliquement le  rafoir par-defliis  de  côté  
 6c d’autre. Ces pierres font  ordinairement  ajuftés  fur  
 un  morceau  de  bois  qui  leur  fert  de  manche,  au  
 moyen  duquel  on  fe  fert  plus  commodément  de  
 ces  pierres. 
 P lE R R È ,  outil  de  Vernijfeur,  c’eft  une pierre  de  
 lierre,  quarrée,  épaiffe  de  quatre  à  cinq  pouces,  
 longue 6c large d’un bon pied, fur laquelle les Ver-  
 niflèurs  broyent  leurs  différentes  couleurs  avec  la  
 molette,  6c  les  délayent  avec  du  vernis  au  lieu  
 d’huile. 
 P ie r r e  ou S t e e m   ,   f.  f.  ( Comm. ) forte  de poids  
 plus  ou  moins  fort,  fuivant  les  lieux  oii  il  eft  en  
 ufage. 
 A  Anvers  la pierre  eft  de huit livres, qui  en  font  
 fept de Paris, d’Amftèrdam, de Befançon 6c de Straf-  
 bourg,  y   ayant  égalité  de  poids  entre  ces  quatre  
 villes. A  Hambourg  la pierre  eft  de  dix  livres,  qui  
 font à Paris,  à Amfterdam,  &c.  neuf livres  douze  
 onces  6c fixgros, un peu  plus. A Lubeck la pierre eft  
 aufli de dix  livres,  mais  ces  dix livres ne  font  que  
 neuf livres  huit  onces  trois  gros  de Paris. A Dant-  
 zick 6c  à Revel,  il  y   a  la  petite  6c  la grofle pierre,  
 la première  qui fert  à  pefer les marchandifes  fines,  
 eft de vingt-quatre livres, qui font  à Paris, Amfterdam  
 ,  & c ,  vingt-une  livres  cinq  onces  cinq  gros,  
 6c la fécondé qui eft en ufage pour  les  groffes  marchandifes  
 , comme cire,  amandes ,  ris,  & c ,  eft  de  
 trente-quatre livres, qui rendent à Paris trente livres  
 quatre onces un  gros. A Stetin il  y  a aufli une petite  
 &  une  grotte pierre,  la  petite eft de dix  livres,  qui  
 font  neuf  livres  quatorze  onces  de  Paris,  &   la  
 grofle eft de vingt-iine livres, qui reviennent à vingt  
 livres  onze  onces, peu  plus,  poids  de Paris. A Co-  
 nigsberg la pierre eft de  quarante livrés, qui en font  
 trente-deux de Paris. Diclionri.  du  commerce. 
 P ie r r e -b u f f i e r e ,   ( Géog. mod. ) bourg que Piga-  
 niol  qualifie  de  petite  ville de France,  dans  le Li-  
 moufin,  à 4  lieues de Limoges, fur  le  chemin  de  
 Brive. ( D .  J . ) 
 P i e r r e ^  f o r t   s a in t  ,  ( Géog. mod. ) fort de  l’Amérique  
 feptentrionale, dans 111e de la Martinique ,  
 à  7 lieues  au  N. O.  du fort Royal.  C ’eft  à  préfent  
 une ville oîi il y  a un intendant, un palais de juftice,  
 &  deux paroifles, une deflèrvie  par  les Jéfuites, &   
 l’autre par les Dominicains.  (D . ƒ.) 
 P i e r r e ,   i s l e   d e   s a i n t ,   (.Géog.  mod. )   île  de  
 France  en Provence,  à une lieue au levant d’été  de  
 la  ville d’Arles;  cette  île  n’eft  formée  que par  les  
 canaux qui ont été  creufés  à l’orient du Rhône, depuis  
 la Durance jufqu’à  la mer ; mais elle eft remarquable  
 par l’abbaye de Monte-Majour,  ordre  dé S.  
 Benoît , dont  on attribue  la  fondation  à  faint Tro-*  
 phime. ( D . J. ) 
 P i e r r e   l e  m o u s t i e r ,   s a i n t ,  (Géog. mod.') p e t 
 it e   v i l l e   de  F r a n c e ,   la   fé c o n d é   d u  N iv e rn o i s ,   a v e c   
 u n   b a illia g e   6c  u n e   fé n é eh a u ffé e .  E l le   e ft  dans  u n   
 fo n d s   e n to u r é e  d e  m o n ta g n e s ,  p rè s  d’ u n   é tan g  bour-,  
 b e u x   ,  à   7   lie u e s   a u  m id i  d e  N e  v e r s ,   8  a u  N .  O .  de   
 M o u lin s ,   6 0  S .  de   P a r is . Long.  21.  latit. 46". 46  
 {D .  J .) 
 P i e r r e -p e r T u i s   ,   (   Géog.  mod.  )   en   la tin   du  
 m o y e n   â g e ,  pum-pertufa,  c h em in   d e S u i f f e ,   p e r c é   
 a u - t r a v e r s  d’u n   ro c h e r .  L e   v a l   de   fa in t   I tn ie r ,  av e c,  
 le s   te r r e s   en  d e - ç à ,   fo n t  d ans   l’ e n c e in te   d e   l’an c ien n 
 e  H e lv é t ie   :  le s   au t re s   a u - d e là ,  fo n t   le   v é r itab le ,  
 p a y s   d es R a u r a q u e s .  C e s   d e u x  p a r t ie s   fo n t   fé p a r é e s   
 p a r   u n e   ch a în e   de   mon ta gn e s ,  6c  d e   r o c h e r s ,   q u i  
 lb n t  u n e  b r a n c h e  du m o n t  Jura. D a n s   c e   q u a r t ie r - là   
 p o u r  a v o i r   u n   p a fia g e   l ib r e   d’u n  p a y s   à   l ’a u t r e ,   o n   
 a   p e r c é   u n   r o c h e r   épais,  6c  o n   a   t a i llé   u n   c h em in   
 à   t r a v e r s .  Il  a  q u a r a n te - fix   p ié s   d e   lo n g u e u r   d ans   
 l ’ ép a iffeu r   du   r o c h e r ,   6c  q u a t re   to ife s   d e   h a u teu r .  
 C e   pafl'age  a p p e llé   Pierre-pertuis,   e ft   à   u n e   grande,  
 jo u rn é e   de  B â le ,  6c  à   u n e   d em i-jo u rn é e   de  B ie n n e ,   
 p rè s   de   la   fo u r c e   d e   la   B r is .  C e   ch em in   n ’e ft   p a s   
 n o u v e a u   ;  u n e   in fc r ip t io n   rom a in e   q u ’o n   v o i t   a u -   
 d eflu s  d e   T o u v e r tu r e ,  ma is   q u e   le s   pa ffans  o n t  mut 
 ilé e  ,   n o u s  a p p ren d  q u ’il  a   é té   fa it   p a r   le s   fo in s  d ’u n   
 P a te r iu s   o u   P a te rn u s   d u u m v i r ,  d e   la   c o lo n ie   H e lv 
 é t iq u e   é ta b lie   à  A v e n c h e  ,   fo u s   l ’em p ire   d es  d e u x   
 A n to n in s .  (   D. J.') 
 P I E R R É E ,   f. .f .  (  Hydr.  )   e ft   à-peu-près  la.mêm©  
 q u e   c h a t ie r e ,   c ’ e ft u n e   g ran d e   lo n g u e u r   d e   m a ço n n 
 e r ie   dans  le s  t e r r e s ,   p o u r   c o n d u ir e   le s   e a u x  d ’u n e   
 fo u r c e  dans  u n  r é f e r v o i r  o u   r e g a rd  d e  p r i f e ,   e lle s   f e   
 c o n ft ru ife n t   ainfi ;   o n   le u r  d o n n e  d ’o u v e r tu r e  d ep u is   
 u n  p ié   ju fq u ’à   18  p o u c e s  ;  fi la  fo u r c ’e   e ft  ab o n d an te   ,   
 o n   é le v e   d e   c h a q u e   c ô t é   u n   p e t it   m u r   d’u n   p i é   
 d’ epaifl'eur  6c  d e   d ix -h u i t   p o u c e s   de  h a u t ,   b â t ie   d e   
 r o c a ille s   &   p ie r r e s  fe c h e s   ,  a fin   q u e   le s   f ilt r a t io n s   
 d e s  te r r e s  fe  je t te n t  p lu s  a ifém en t  d ed ans   la  p i e r r é e ;   
 o n   la   c o u v r e   en   fo rm e   de   c h a t ie re s   a v e c   d e s   p ie r r e s   
 p l a t e s ,  a p p e llé e s  dalles o u  couvertures. Q u a n d   le  fo n d   
 d e   la   te r r e   n ’e ft   pa s   a f fe z   fe rm e   p o u r   y   fa ir e  r o u le r   
 l ’e au   fans  fe   p e r d r e ,   o n   y   é te n d   u n   l i t   d e   g la if e   
 q u e   l ’o n  b a t ,   &   l ’ o n   y   p ô le   d effus  le s  m o ë lo n s   d e s   
 mu r s   d es  c ô té s  ;   o n   le s   p e u t   e n c o r e   p a v e r   o u   c im 
 e n te r   p o u r   p lu s   g r an d e   fû r e té . 
 P IE R R E R IE S , 1.  f.  p l.  la  c o lle c t io n  d e s  p ie r r e s  p r é c 
 ie u fe s   m o n té e s   q u i  fo rm en t   l’ é c r a in   d ’ u n e   fem m 
 e .  O n   m e t   le s   p e r le s   a u   n om b r e   d es  pierreries ;  il  
 y   a   u n  o ffic ie r  g a rd e   d es pierreries  d e   la   c o u r o n n e . 
 P I E R R E U X ,   ad j.  (  Agricult.  )   fe   d it  d ’un  te r r e in   
 p le in   d e   p ie r r e s   q u i  o b lig e   d e   le   p a ffe r   à   la   c la ie .  
 O n   d it  e n c o r e   u n   fru it  pierreux,   q u an d   en   le   m a n g 
 e a n t   ,   ii  fe   t r o u v e   d es  d u r illo n s   dans  fa   ch a ir . 
 P IE R R U R E S ,  f.  f.  (  Ckajfe. )   c ’ e ft  c e  q u i fo rm e   la   
 fr a i fe   q u i e ft   a u to u r  d e s  m e u le s   d e   la   tê te   d ’ un  c e r f ,   
 d’u n   d a im   6c  d’un  c h e v r e u i l ,   en   fo rm e   d e   p e t ite s   
 p ie r r e s . 
 P IE R R IE R   , f .  m.  (Artillerie.)   c ’ e ft u n e  p e t ite  p iè c 
 e  d’ a r t i lle r ie   ,   d o n t   o n  fe  fe r t  p a r t ic u liè r em en t   d ans   
 u n  v a i f f e a u ,   p o u r   t ir e r   à   l ’ a b o rd a g e   d e s  c lo u s   ,   d es  
 f e r r em e n s ,   &c.  fu r   u n  ten n em i.  Voye^ A r t i l l e r i e   
 &   M o r t i e r . 
 O n   le s  o u v r e   g én é r a lem en t   p a r la  c u la f le , &  leu r e   
 ch am b re s  p o u v a n t   ê t re  d ém o n tré e s   ,   o n   le s   ch a rg e   
 p a r   c e   m o y e n   ,   au   lie u  d ’a g ir  p a r  le u r  b o u c h e ,  com m 
 e  o n  le   fa it  o rd in a irem en t p a r   r a p p o r t   a u x   au tre s   
 arm e s  à  fe u . Chambers. 
 O n   s’e ft  f e r v i   au t r e fo is   d e   c e t t e   e fp e c e  de  c an o n   
 fu r  t e r r e ,  ma is  il   y  a lo n g - tem s   q u e   l’ u fa g e  e n   e ft  in te 
 r rom p u .  M .  de S . R em y   d it  m eme  q u e  d e  fo n   te  ms  
 o n  a  r e fo n d u   to u s   c e u x   q u i  f e  t r o u v o ie n t  d ans  le s   ar-  
 c e n a u x . 
 ceïiaux.  Cependant pltifieurs  auteurs  militaires prétendent  
 qu’on pourroit encore s’en fervir utilement. 
 Le pierrier  eft  aufli  une maniéré  de mortier avec  
 lequel on jette  des pierres dans un retranchement ou  
 antre ouvrage.  Il fe  charge  comme  le mortier ordinaire  
 , 6c les  pierres ou  cailloux  fe mettent dans  un  
 panjer à la place  de la bombe. 
 On voit dans la Pl.  FU I. de fortification,  figure 3,  
 un pierrier, dont  les  principales parties  font : A , les  
 tourillons ;  Z , le mufle avec la lumière fur la culafle;  
 <7,  le  renfort  avec  fes moulures  ; D , le  ventre ; E ,  
 plate-bande du renfort  de volée avec les  moulures ;  
 F F ,  les cercles ou renforts fur la  volée ; G, le bour-  
 let; JT,  la bouche  ou l’embouchure ;  ƒ, l’anfe. 
 Vanfe de  ce mortier eft ce qui eft pondtué depuis  
 le bourlet jufqu’au bas du ventre, 6c  1a chambre eft  
 l’efpace  ponélué entre le ventre  de la lumière. Viye%_  
 A m e  &  C h a m b r e . 
 Le pierrier ou mortier pierrier  ( car  on  lui donne  
 aufli  ce nom)  pefe  ordinairement  1000  livres;  fa  
 portée  la plus  longue  eft de  150  toifes ,■ chargé  de  
 deux  livres de poudre :  il  a  15  pouces  de diamètre  
 à fa bouche, 6c 2 piés 7 pouces de hauteur. 
 La profondeur de fa  chambre, évafée par le haut,  
 fans v  comprendre  l’entrée oii fe met le tampon, eft  
 de 8 pouces. 
 Les tourillons ont 5 pouces de diamètre. La chambre 
 doit  entrer d’un pouce  dans  les tourillons.  L’é-  
 paiffeur du métal au droit de  la  chambre a 3  pouces ;  
 l’épaiffeur  du  ventre  2  ;  6c  le  long  de  la  volée  un  
 pouce 6c  demi.  L’angle fe place au ventre.  Le mufle  
 ou mafque fert de baflinet à la lumière. 
 •  On charge  le pierrier  de  la même maniéré  que  le  
 mortier, c’eft-à-dire, qu’on y  met  d’abord  la  quantité  
 de poudre dont la chambré doit être remplie. On  
 recouvre cette poudre  de  foin 6c de  terre  qu’on refoule  
 avec  la  demoiftlle ;  après  quoi  on  jette ou  on  
 pofe  deffus une quantité  de  pierres 6c  de'Cailloux.  
 L’effet du pierrier eft très-grand.  L’efpece de grêle de  
 cailloux qu’il produit fait beaucoup de defordre 6c de  
 ravages. Pour qu’il réufliffe parfaitement, il faut qu’il  
 ne foit  éloigné  que  d’environ  150  pas  de  l’endroit  
 oîi l’on veut faire tomber les pierres dont il eft chargé. 
   On mêle  quelquefois  des bombes  6c  des  grenades  
 avec  ces  pierres,  6c l’effet  en  eft  encore  plus  
 grand. (Q) 
 PIERROT, voyei M o in e a u . 
 .  PIERUS,  ( Géog. dnc.),.i°. montagne de laThefi  
 falie, félon Pline,  /. IV.  c.  viij. Paufanias ,  /. IX .  c.  
 xxix.  la place dans la Macédoine,&  dit qu’elle tiroit  
 fon nom  de  Fieras, qui y  établit le  culte des  mufes  
 fous le nom de Piérides. 
 20. Pierus eft  aufli  le  nom  d’un fleuve  de l’Achaïe  
 propre ; il traverfoit,  dit Paufanias ,  l.  VII. c. x x ij.  
 le territoire de  la  ville Pkarce.  Strabon,  /.  VIII. p.  
 342.  qui  écrit Peirus,  dit  qu’on  nommoit  aufli  ce  
 fleuve Theuthéas, 6c  qu’il  fe  jettoitdans  l’Achéloiis. 
 ( D - J •} 
 PIESMA,  f, m. (Mat. med. des anciens.) mta-pet, de  
 •ntlfa, jeprejfc-;  ce.terme  grec défigne  le  marc ou  le  
 réjidu qui refte après qu’on a exprimé la partie fluide  
 de quelque fubftance  folide,  comme  des fruits, des  
 amandes, &c. Ainfi, dans l’expreflion  des huiles  ,  le  
 tourteau, ou ce qui refte dans le fac eft  appellépief-  
 ma, &  .c’eft dans ce  fens  qu’Hippocrate  l’emploie ;  
 cependant Diofcoride,  parlant des baies de  laurier,  
 appelle leur fuc  exprime, piefma  laurinum ;  6c  c’eft  
 aufli dans  le même, fens que Galien emploie ce mot#  
 PIÉTÉ,  D É VOT IO N ,  RELIGION,  (Synon.)  
 le mot de  religion dans un fens ; en tant qu’il marque  
 une  difpofition de coeur  à l’ égard de  nos devoirs envers  
 Dieu ,  eft feulement fynonyme avec les  deux  
 autres mots ; la piété fait qu’on s’en acquitte avec plus  
 Tom e  X I I . 
 de refpeét 6t plus de zèle ; la dévotion y  porte un extérieur  
 plus  compofé. 
 C’eft affez pour une perfonne du monde d’avoir dé  
 la religion ; la piété convient aux perfonnes  qui fe plaquent  
 de vertu-; la dévotion eft le partage des gens entièrement  
 retirés. 
 La. religion eft plus dans le coeur qu’elle  lie  paroît  
 au-dehors.  La piété eft dans le coeur, 6c paroît au de*  
 hors. La dévotion paroît  quelquefois  au-dehors  fans  
 être dans le coeur.  Girard. 
 Pieté , promejfe faite à   la >  ( Théologie.) S. Paul dit  
 en termes  exprès  /.  Thimoth.  iv.  8.  « que  la piété a  
 » les promeffes  de la vie préfente,  comme  de  celle  
 » qui eft à  venir » : Pour avoir des juftes idées  de  ce  
 que cet apôtre a voulu dire ,  il convient de  1. déterminer  
 quelles  font  les  promeffes  dont  il  parle.  2.  
 concilier  fon affertion avec l’expérience. 
 I. Sur  le premier article, il  faut  obfervef  d’abord  
 qu’il s’agit de promeffes proprement dites, de  décia*  
 rations ‘formelles émanées de Dieu.  Le tour des ex-  
 preflîons de  S. Paul ne permet guere d’en, douter.  Il  
 parle des promeffes de la v ie à venir, 6c l’on ne peut  
 contefter qu’il n’entende pas là l’engagement qiteDieu  
 a  pris  par des promeffes expreffes de rendre les gens  
 de  bien heureux dans la vie à venir.  On doit par lès  
 promeffes  de  la vie préfente, entendre aufli des  déclarations  
 précifes en forme d’engagement,qui regardent  
 la  vie préfente , 6c qui promettent des avantages  
 dans l’économie  du tems. 
 Ce n’eft pas tout-à-fait prouver lathèfe de S. Paul,  
 que de  faire valoir les avantages  que  la piété eft  ca-*'  
 pable  de procurer,  à  la confiderer  en elle-même 6c  
 dans fa  nature  ;  il  femble que l’apôtre parle encore  
 de promeflés temporelles, différentes même des biens  
 de la grâce.  Seroit-il ici queftion de tout  ce qui peut  
 rendre l’homme heureux dans ce monde ?  mais l’ ex*  
 périence démentiroit la décifion de S. Paul, à la prendre  
 en ce fens.  On pourroit d ire, pour mieux expli*  
 quer les paroles de l’apôtre , qu’il  portoit fes  vues :  
 i° .  Sur  les  promeffes  faites à  la piété  dans l’ancien  
 Teftament,  nOn  fur toutes ,  mais  fur  celles qui  regardent  
 les fideles,  en tant que  tels  en  particulier»  
 20.  Sur  les  promeffes  faites dans l’évangile, par lesquelles  
 ^celles de  l ’ancienne économie  ont été  confirmées. 
   , 
 Il ne s’agit pas, dans ces promeffes, de grandeurs,  
 de richeffes, 6c d’autres  biens de  cet ordre ;  c’eft ce  
 que Dieu n’a  promis  ni  fous  la  lo i, ni  fous l’Evangile. 
   Les promeffes  dont il s’agit  font celles par  lesquelles  
 Dieu fe propofe  de protéger les fideles,  de  
 pourvoir à leurs  befoins ,‘6c de  les foutenir  dans les  
 traverfes de la vie.  C ’eft ce que S. Paul indique  lui-  
 même  dans le v.  10. oii il dit que Dieu eft-le  confer-  
 vateur de tous les hommes, mais principalement des  
 fideles.  Ce  qui  prouve  encore  que  fa  penfée  
 ne porte  que fur  cette  proteftion  fpéciale  ,  fur  laquelle  
 les gens de.bien peuvent compter,  c’ eft qu’on  
 voit regner le même principe en d’autres endroits de  
 fes écrits.  Philipp. c. iv.  v. G. « Ne foyez  en  inquié-  
 » tude  de rien ;  mais en  toutes  chofes,  préfentez  à  
 » D ieu vos demandes par des' prières 6c des fupplica-  
 » tions,  avec  aftion de grâce.  Hebr.  c. xiij. v. 5.  G.  
 » Que  vos moeurs  foient fans avarice, étant  contens  
 » de  ce que vous  poffédez  préfentement ;  car Dieu  
 » lui-même a dit :  je  ne  te  délaifferai  point,  6c  ne  
 » t’abandonnerai point : tellement que nous pouvons  
 » dire avec affurance :-lè feigneur eft mon a ide, ainfi  
 » je  ne craindrai point ce que  l’homme me  pourroit  
 .» faire ».  Il  eft évident que dans ce dernier paffage S.  
 Paul veut que les  chrétiens  envifagent les promeflés  
 de l’ancien Teftament, qu’il cite comme des promefi  
 fes  qui le regardent  direriement. Le Sauveur lui-même  
 (S. Matth. c. vj. v. 2.5.3 4.)'veut que fès difciples  
 n’attendent de Dieu que fa protection,  6c les  chofes  G G g g