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trop le prix d’un talent auquel l'habitude a donné
tant de pouvoir & tant de charme, pour co'nfeill,er
a qui le poflede de négliger cet avantage. Mais
je croirai toujours que l ’écrivain auquel il ne manquera
que ce don là pour être poète, aura le droit
de dire. encàre, en exprimant en profe harmonieufe
tout ce que la nature a de plus animé ,, de plus touchant,
de plus fublime i E t moi aujjije fu is poète).
( M . M A R M ON TE L . )
VESTIGES , TRACES. Synon.'Les Vejüges
font les relies de ce qui a été dans un lieu. Les
Traces font des marques de.ce qui y apaffé.
On connoît les Vejliges. On fuit les Traces.
On voit les Vejliges d'un vieux château. On
remarque les Traces d'un cerf ou d’un fanglier.
( Uabbé G i r a r d . )
Vejliges ne fe dit qu’au pluriel (i) . Trace fe
dit indifféremment au lingulier & au pluriel : Il
n'y a point d’artifices que les fcélérats ne mettent
en ulage pour cacher la Trace ou les Traces de
leurs cruautés. Enfin Trace paroîc d’un ufage plus
étendu que Vejliges, foit au propre fort au figuré ;
i l eft auili plus beau en Po-éfie :
Mais l’ingrate en mon coeur, reprit bientôt fa place : .
De mes feux mal éteints' je reconnus la Trace* Racine'
( Le chevalier d e J a u c o u r t . ),
VIANDE , CHAIR. Syn. Le mot àt Viande
porte avec lui une idée de nourriture, que n’a pas
celui de Chair : mais ce dernier a, à .la compofï-
lion ph y tique de l ’animal, un raport que n’a pas
le premier. Ainfi , l ’on dit que le poiffon & les
légumes font Viandes de Carême ; que la perdrix
a la Chair courte & tendre. ( L'abbé G i r a r d ,. )
Nous ajouterons que Chair ne fe dit que des
parties molles ; & que Viande au contraire fe dit
d’une portion de fubilance animale mélée de parties
molles & de parties dures, comme il paroît par
le proverbe ,.11 n’y a point de Viande fans. os.
Viande fe prend encore d’une façon plus générale
& plus abftraite que Chair. Car on d it, De
la Chair de perdrix, de poulet,. de lièvre, &c
& de toutes ces Chairs , que ce font des Viandes :
mais on ne dit pas , De la Viande de perdrix
de poulet, &e ; ce qui vient peut-être de ce qu’an-
ciennement Viande & Aliment étoient fynonymes.
En effet, toute Viande fe mange,. & il y a des
Chairs qui ne fe mangent pas. On dit, Viande de
boucherie, & non Chair de boucherie.
Quand,on dit, Voilà de belles Chairs , & Voilà
de belles Viandes ; on entend encore des chofes
fort différentes. La première de ces’expreflions peut
être l ’éloge d’une jolie femme ; & l ’autre eft celui
d’un beau morceau de b.oeuf ou de veau non cuit.
{ D i d e r o t . )
(i ) Aflertion fauffe an d it tous les jours, &c très-bien ;
H n en. rejie aucun V e îig e^ XI a en paraît pas le moindre
Vellige. ( M . B e a u z é e . }
V I B
V IB R A T IO N , O SC IL L A T IO N . Synonym.
Chez tous les phyficiens, ces deux termes font
fynonymes, & avec raifon, puifqu’ils expriment
tous deux le mouvement alternatif ou réciproque
qui revient fur lui - même : mais i l y aune différence,
prife de la différence des caufes qui produi-
fent ce mouvement.
Je conçois donc plus particulièrement par Vibration
, tout mouvement alternatif ou réciproque
fur lui - même , dont la caufe réfide uniquement
dans l ’élafticité : tels font les mouvements des;
cordes vibrantes, & des parties internes de tout,
corps fonore en général ; tels font aulfi les balanciers
des montres, qui font leurs Vibrations t n vertu
de l’élafticité des refforts fpiraux qu’on leu-r applique.
J’entends au contraire par Ofcillation, tout
mouvement alternatif ou réciproque fur lui-même „
dont la caufe réfide uniquement dans la pefànteur
ou gravitation : tels font les mouvements des ondes,
& tous ceux des corps fufpendus,. d’où dérive la
théorie des pendules.
Le mouvement de Vibration mefure les fons „
celui d’Ofcillation mefure les temps. Les cloches P;
par exemple, font des Vibrations & des Ofcil-
lations : les premières dérivent du. corps qui frape
& comprime la cloche en vertu de fon élafticité „
ce qui la rend ovale alternativement & produit les
fons ; les fécondés font déterminées par le mouvement
total de la cloche qui. eft en proie à la
gravitation , ce qui détermine les intervalles de
temps entre les fons. Refte à favoir fi le fon d’une
cloche n’eft pas d’autant plus étendu,. que les temps,
des Ofcillations font plus près de coïncider avec
les temps des Vibrations. ( M. R omILLY. ),
V IC E , D É F A U T , IMPERFECTION. Sytn-
Ces trois mots défignent en général une qualité
répréhenfible : avec cette différence,. que Vice
marque une mauvaife qualité morale, qui. procédé
de la dépravation ou dé la baffeffe du coeur, que
Défaut marque une mauvaife qualité de l ’efo
prit, ou une mauvaife qualité purement extérieure$,
& og\ Imperfection eft le diminutif de Défaut.
La négligence dans le maintien eft une Imperfection
, la difformité & la timidité font des D e fa
u t s ; la cruauté & la lâcheté font des Vices.
Ces termes diffèrent auflï par les différents mots;
auxquels, on les joint , furtout dans le fons phy-
fiquç ou figuré. Ê X E M P L E s . Souvent une guéri
fon refte dans fon état SlmperfeHibn, lorfqu’on
n’a pas corrigéie Vice des humeurs ou \t Défaut
de fluidité du fang. L e commerce d’un État, s’âf-
foiblit par VImperfection des manufactures., par
le D é f aut d’induftrie , & par le Vice de la constitution.
Voye\ F a u t e , D é f a u t , D é f e c t u o s
i t é , V i c e , I m p e r f e c t i o n . Syn. ( D 'A l e m -
B E R T . )
(N.) VICE, DÉFAUT, RIDICULE- l p
V I E
k e s Vices p a r t e n t d ’u n e d é p r a v a tio n d u c oe u r ;
le s Défauts , d ’u n Vice _ d e te m p é r a m e n t ; l e
Ridicule y d’u n Défaut d ’e f p r i t . ( La B r u y è r e . )
P o u r e n te n d r e L a B r u y è r e , i l n e f a u t c o n fid é r e r
c e s tr o is f y n o n y m e s q u e d a n s l e r a p o r t c o m m u n
q u ’i l s o n t à q u e l q u e im p e r f e c t i o n d e l ’â m e : a u t r e m
e n t i l f e r o i t e n c o n tr a d ic tio n a v e c l u i - m ê m e ;
p u ifq u e l e s Vices q u i p a r te n t d ’u n e d é p r a v a tio n
d u c oe u r , n ’o n t r ie n d e c o m m u n a v e c c e q u ’i l a p p
e l l e Vices d e te m p é r a m e n t ; & q u e le s Défauts
r é p ré h e n f ib le s , q u i v ie n n e n t d e c e t t e f o u r c e , n ’o n t
a u lfi r ie n d e c o m m u n a v e c l e Défaut d ’e f p r i t , q u i
e ft u n e p r i v a t i o n p a f fiv e .
O n e ft c r im i n e l p a r l e s Vices d u c o e u r , o n e ft
m a lh e u r e u x & à p l a i n d r e p a r c e u x d u t e m p é r a m
e n t: le s p r e m i e r s f o n t in e x c u f a b le s , p a r c e q u ’i l s
v ie n n e n t d e n o t r e p r o p r e p e r v e r f i té ; l e s d e r n ie r s
fo n t i r r é p r o c h a b le s , p a r c e q u 'i l s v ie n n e n t d e l a
.n a tu re .
O n e f t b l â m a b le p o u r l e s Defauts q u i v i e n n
e n t d ’u n Vice d e l a n a t u r e , p a r c e q u ’o n d o i t
f a ire fos e f fo r ts p o u r l a c o r r i g e r & q u ’o n p e u t y
ré u flîr ; o n e f t a p l a i n d r e & n o n à b lâ m e r p o u r
u n Défaut d ’e f p r i t , p a r c e q u e c ’e ft u n e p r i v a t i o n
in v o lo n ta ir e & fa n s r e m è d e . ( M. B e a u z é e . )
V I E U X , A N C I E N , A N T I Q Ü Ê . Synon. I ls
e n c h é r if f e n t l ’u n f u r l ’a u t r e ; f a v o i r , Antique fu r
Ancien, & Ancien f u r Vieux.
U n e m o d e e f t vieille , q u a n d e l l e c e f fe d ’ê t r e
e n u fa g e ; e l l e e f t ancienne, lo r f q u e l ’u f a g e e n e ft
e n tiè r e m e n t p a f f é -, e l l e e f t antique , l o r f q u ’i l y a
d é jà l o n g te m p s q u ’e l l e ejl ancienne.
C e q u i e f t r é c e n t n ’e f t p a s vieux'y c e q u i e f t
n o u v e a u n ’e f t p a s ancien ; c e q u i e f t m o d e r n e n ’e f t
p a s antique.
L a Vieillejfe r e g a r d e p a r ti c u l i è r e m e n t l ’â g e .
T J Ancienneté e f t p l u s , p r o p r e à l ’é g a r d d e l ’o r i g
i n e d e s f a m i l l e s . U Antiquité c o n v ie n t m ie u x à c e
q u i a é té d a n s d e s t e m p s f o r t é l o i g n é s d e c e u x o u n o u s
v iv o n s .
O n d i t Vieillejfe d é c r é p i t e , Ancienneté im m é m
o r i a l e , Antiquité r e c u lé e .
L a Vieillejfe d im in u e l e s f o r c e s d u c o r p s , &
a u g m e n te l e s l u m i è r e s d e l ’e ï p r i t . L ’Ancienneté
f a i t p e r d r e a u x m o d e s l e u r s a g r é m e n t s , & d o n n e
d e l 'é c l a t à l a n o b le f f e . L ’Antiquité, f e f a n t p é r ir
l e s p r e u v e s d e l ’H i f t o î r e , e n a f f a i b l i t l a v é r i t é , &
f a it valoir l e s m o n u m e n ts q u i fe c o n f e r v e n t. ( L'abbé
G i r a r d . )
N o t r e l a n g u e a d e s u f a g e s . p a r ti c u l i e r s q u i n o u s
« p r e n n e n t à n e p a s c o n f o n d r e , e n p a r l a n t o u t a
é c r iv a n t j Vieux a v e c Ancien ; o n n e d i t p a s I I e f t
m o n Ancien y p o u r d ir e p r é c if é m e r a t , I l e f t p l u s
âgé q u e moi. . Ancien a r a p o r t a u t e m p s & a u
f ie c le . C ’e f t p o u r q u o i o n d i t , A r if to te e f t p lu s
ancien q u e C ic é r o n ; & a u c o n t r a i r e , o n d i t q u e
C ic é r o n é t o i t p l u s vieux q u e V i r g i l e , p a r c e q u ’i l
a v o i t p l u s d ’â g e ,. & q u ’i l v iv o it d a n s l e m ê m e
f iè c le . N o u s d ifo n s U n e m a if o n ancienne, q u a n d
V O C ^3?
on parle d'une famille ; une vieille maifon, quand
on parle d\in bâtiment. On dit prefque également
d'anciennes hiftoires & de vieilles hiftoires , d'ati-
ciens manuferits ou de vieux manuferits ; mais
on ne dit pas de même de vieux livres ou d anciens
livres. De vieux livres font des livres ufés &
p-âtés par le temps ; & d’anciens livres font des
livres faits par des auteurs de l ’Antiquité. ( Le chevalier
D E 3A U C O U R T . )
V IO L E N T , EMPORTÉ. Synonym. Il me
femble que le Violent v a jufqu’a l ’aftion ; & que
Y Emporté s’arrête ordinairement au difeours.
Un homme violent eft prompt à lever la main;
il frape aufii tôt qu’il menace. Un homme emporté
eft prompt à dire des injures , & i l fo fâche
aifément.
Les Emportés n'ont quelquefois que le premier
feu de mauvais; les Violents font plus dangereux.
11 faut fe tenir fur fes gardes avec les perfonnes
violentes ,• & il ne faut fouvent que de la patience
avec les perfonnes emportées. ( L'abbé Gir a r d .)
V IR G U L E , f. f. C ’eft une efpèce d’arc de
cercle, dont la convexité eft tournée à droite , &
qu'on insère entre les mots d'une propofition , pour
y marquer la moindre des paufos convenables dans
la leéture [ , ]•
On a indiqué ailleurs, en détail & avec le plus
d’exaditude qu’il a été polfible , les différents u.fagés
de ce caractère dans l ’Orthographe. Voye% P o n c t
u a t io n . ( M.. B e a u z é e . )
V IS IO N , A P PARITION. Syn. La Vifion
fe paffe dans les fons intérieurs, & ne fuppofe
que l ’adiou de l’imagination. L ’Apparition frape
de plus les fons extérieurs , & fuppofe un objet au
dehors.
S. Jofeph fut averti par une Vifion dé fuir en
Égypte avec fa famille. Éa Magdelaine fut inf-
truite de la réfurredion du Sauveur par une Apparition.
' >•
Les cerveaux échaufés & • vides de nourriture
croient fouvent avoir dzsVifions. Les efprits timides
& crédules prennent quelquefois , pour des Apparitions,
et qui n’eft rien ou qui n’eft qu’un jeu .{L'a bbé
G ir a r d . )
V O C A T IF , f. m. Grammaire* Dans les langues
qui ont admis des cas pour les noms-, les
pronoms , & les adjedifs , le V o ca tif eft un cas
qui ajoute, à l ’idée primitive du mot décliné, l ’idée
acceffoire d'un fujét à la fécondé perfonne. D o -
minus eft au nominatif , parce qu’il préfente le
Seigneur comme le fujet dont on parle , quand
on dit, par exemple , Dominus régit me , & nihil
mihi deerit in U>co pafeuoe ubi me eollocavit
( P f . xxij ) ; ou comme le fujet qui parle , par
exemple > dans cette phrafo > Ego Dominus ref -