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Mais dans un degré de chaleur & de force inférieur
à l ’Éloquence de Cralïus, la clarté, les dè-
velopements, l’abondance, l ’éclat des penfées &
des . paroles joint aiàc charmes de. l ’Harmonie I
peuvent encore étonner & ravir. Et remarquez qu’en
parlant de celui qui produit lés plus grands effets,
Cicéron ne lui attribue rien qui s’élève au deffus
de J’Éio quence tempérée. In quo igitur homineS
exhorrefcunt ƒ quem fiupefacli dicentem intuentui?
m quo exclamant ? quem deum, ut ita dicam, inter
homities putant ? qui dijlincïè , qui explicatè ,
qui abundanter, qui illuminatè Orebus & verbis
dictait, & in ipjà onïtiohe quaji quemdam nu-
merum ; verfumque confierait ,• id efi quod dicô f or-
natê,. ( De orat. L. 3.)
Mais tout cela fuppofe un fond jfolide & riche ,
un fujet férieux , utile , intéreffant : & fi , fur
des queftions .vaines , fur des objets futiles , on
s’efforce d’être, ingénieux & éloquent 3 on fera
brillant tant qu’on voudra,, on n’éblouira qu’un
moment & à cette enluminure rhétoricienne dont
nos Écoles^ 'nos..Académies ont fait vanité fi long
temps, j’appliquerai ce que Cicéron difoit des
tabl eaux modernes, comparés aux anciens : (luanto
colorum pulchritudine Ù varie ta tejlondiora funt
in ptd'unis novis pleraque quam in veteribus ?
quoe tamen, etiamji primo afp e du nos coopérant,
diutiàs non delecïant ; quum iidem nos in anti-
quis tabulis ilia ipfo horrido obfoletoque tenea-
mur ? (De orat. L . 3 ). Voye\S im p l e & S u b l im e .
( M . M A R M Q N T E L . )
TEMPLE , ÉGLISE. Synonymes. Ces mots
fignifient un .édifice deftiné à l ’exercice public , de
la Religion. Mais Temple eft du ftyle pompeux :
hglife , du ftyle ordinaire , du moins à l ’égard de
la religion romaine 3 car à l ’égard du paganifme
& de la religion proteftante , on fe fert du mot
de Temple, même, dans le ftyle ordinaire, au
lieu de celui d’Êglife. Ainfi , l ’on dit, Le Temple
de Janus, Le Temple de CharentoiV, UÉ g iife de
S. Sulpice.
Tetnple paroît exprimer quelque chofe d’au-
gufte, & fignifier proprement un édifice confacré
à la divinité. Églife paroît marquer quelque chofe
de plus commun, & fignifier particulièrement un
- édifice fait pour i ’affemblée'des Fidèles.
Rien de profane ne doit entrer dans le Temple
du Seigneur rvotr ne devroit permettre dans -nos
Églifes que ce qui peut contribuer- à l ’édification
des chrétiens.
L ’ efprit & le coeur de l ’homme font \ti Temples
chéris du vrai Dieu ; c’eft là qu’il veut être adoré : en
vainon fréquente les Églifes , i l n’écouté que ceux
qui lui parlent dans leur intérieur.
Les Temples des faux dieux' étoîent autrefois'
des afiles pour les criminels : mais c’èftffcV me
femble , déshonorer celui du Très-Haut , que d’en
faire un refuge de malfaiteurs. Si Ton ne peut
T E M
a p o r t e r à YÊgtife u n e f p r it d e r e c u e i l l e m e n t , i l
f a u t d u m o in s y ê t r e d’u n a i r m o d e f te : l a b ie n—
fé a n c e l ’e x ig e , a in fi q u e l a p i é t é . ( U a b b é G I R
A R D . )
T E M P S , f. m . Grammaire. L e s g r a m m a ir ie n s ,
fi l ’o n v e u t j u g e r d e l e u r s id é e s p a r l e s d é n o m in a -
t i o n s 'q u i l e s d e f ig n e n t, f é m b le n t n ’a v o ir e u ju fq u ’à
p r é f e n t q u e d e s n o tio n s b ie n c o n fu f e s d e s Temps
e n g é n é r a l & d e l e u r s d if f é r e n te s e f p è c e s . P o u r n e
p a s f u iv r e e n a v e u g l e l e t o r r e n t d e l a m u lt i t u d e ,
& p o u r n ’e n a d o p t e r l e s d é c ifio n s q u ’e n c o n n o if-
fa n c e d e :c a u f e , q u ’i l m e f o i t p e r m is d e, r e c o u rir
ic i a u f la m b e a u d e l a M é ta p h y f iq u e ; e l l e fe u le
p e u t in d iq u e r t o u te s l e s id é e s c o m p r if e s d a n s la
n a tu r e dès~Temps■ & l e s d iff é r e n c e s q u i p e u v e n t
e n c o n f titu e r l e s è f p è c e s : q u a n d e l l e a u r a p r o n o n c é
f u r l e s p o i n ts d e in iè p o f f i b l e s , i l n e s’a g i r a p lu s
q u e d e l e s r e c ô n n b îtr e d a n s l è s 1 u f a g e s c o n n u s des
la n g u e s , f o i t e n l e s c p iifid é ta n t d ’u n e m a n iè r e g é n é r
a le , f o i t e n l e s e x a m in a n t d a n s l e s d iff é r e n ts m o d e s
d u V e r b e .
Art. I. Notion générale des Tem ps f é lo n
M . d e G a m a c lie s ( Differt. I . de Jon AJlronomie
phyfique j , q u e l ’o n p e u t e n c e • p o in t r e g a r d e r
c o n f in é l ’o r g a n e d e t o u te l ’É c o l e c a r té fie n n e , le Tem ps ejl la fucceffïon, même attachée à l ’e x i f
tence de la créature. S i c e tte n o t io n d u Temps a
q u e l q u e d é f a u t d’e x a é titu d e , i l f a u t p o u r t a n t a v o u e r
q u ’e l l e tie n t.d e b ie n p r è s à l a v é r i té ,, p u if q u e l ’e x ift
e n c e fu c c e ffiv e d e s ê tr e s e f t l a f e u le m e fm e du
'Temps q u i f o it à n o tr e p o r t é e , c o m m e l e Temps
d e v i e n t , à f o n t o u r , l a m e f u r e d e T e x if tè n c e f u c -
c ê f fiv e . ” K
C e t t e m o b il i t é f u c c e ffiv e d e l ’e x ifte n c e o u du-
Temps , n o u s l a f ix o n s e n q u e l q u e f o r te , p o u r
l a r e n d r e c o m m e n f u r a b le e n y é ta b lif f a n t des
p o i n ts fix e s c a r a é té r if é s p a r q u e lq u e s f a its p a r tic u l
i e r s ; d e m ê m e q u e n o u s p a r v e n o n s à f o u m e ttr e
à n o s 7 m e fu r e s & â n o s C a lc u ls l ’é te n d u e i n t e l l e c t
u e l l e , q u e l q u e i m p a lp a b l e q u ’e l l e f o i t , e n y é ta b
l if f a n t ,d e s p o i n ts f ix e s •e a r a & é rif é s p a r q u e lq u e
c o r p s p a l p a b l e & fe n fib le .. -
O n d o n n e à c e s p o i n ts f ix e s d e l a f u c c é flio n 'de
l ’e x ifte n c e o u d u Temps, l e n o m Époques du
p-rec e ’-ersKîî, v e n u d e ï -stéks/v, morari, a r r ê te r )' , p a r c e
q u e c e fb iïth d e s in f ia n t s -d o n t o n a r r ê t e , e n q u e lq
u e m a n iè r e , l a r a p id e m o b il i t é , p o u r e n , fa ire
c o m m e d e s lie u x d e r e p o s , d ’o 'u i o ri ob ferv -e ,--pouï
- a in fi- d ire-.,'■ c e q u i c o e x if te , c e q u i p r é c é d é , &
c e q u i f u i t . O n a p p e l l e Période , u n e p o r t i b n du
Temps-d o n t l e c o m m e n c e m e n t & l a fin f o n t déte
rm in é s p a t d e s é p o q u e s : d e -w fpr, circum , & plof 7
via ,• p a rc e - q u ’u n e p o r t i o n d u Temps , b o r n é e '.de
to u te s p a r t s , e ft c o m m e u n e f p a c e a u t o u r d u q u e l on
p e u t t o u r n e r . ' ^ H i .-., ;
A p r è s c ê s n o t io n s p r é l im in a i r e s 8c fo n d am e n t
a l e s i l ' ' f e m b l e ^ u e l ’ o n p e u t d ir e q u ’ èn g é n é r a l
Tes T em p s ftint fosfqrrn.es du verbeéqdi.eôcprimeiit
T E M
les différents ja p on s d’exifte.nce aux diverfes
époques que Von peut envifager dans la duree.
Je dis d’abord que ce font les formes du verbe,
afin de comprendre dans cette définition , non feulement
les fimples inflexions confacrées à cet ufage ,
mais encore toutes les locutions qui y font defti-
nées exciufivement, qui auroient pu etre remplacées
par des terminaifous.; en forte quelle peut
convenir également,!, ce qu’pp appelle des Temps
Jimples , des Temps qompofés ou furcompofes ,
& même à quantité d’idibtifmes qui ont une defiination
analogue , comme en françois, je, viens ,d entrer
7 j ’allois fortin, je monde doit fin ir , 8cc.
J’ajolite que ces formes expriment les différents
râpons d'exiftence aux diverfes époques que
Von peut envif âge r dans hidurée. : par là , apres-
avoir indiqué le matériel des Temps , j’en carac-
térife la ftgnifiçation -, dans laquelle il y a deux
chofes à confîdérer, favoir les raports d’exiftence à une
époque, & l’époque qui eft le terme ' de comparaifon.
§. I. Première divifipn générale des Te m p s .
L ’exiftence peut avoir en général trois fortes de
raports /-à l’époque de comparaifon : raport de
finudtanéité, lorfque l ’cxiftence; eft coïncidente
avec l’époque; raport à’antériorité, lorfque 1 exiftence
précède l’époque ; & raport de pofiériorite, loifque
l’exiftence fuccède à l ’époque. De la trois efpeces
générales de Temps, les P ré fen ts le s Prétérits, &
les Futur?;.;/;
Les Préfents font les formes du verbe, qui expriment
la fimultanéité; .d’exiftence à l ’égard de
l’époque de comparaifon. On leur donne le nom
de Préfents , parce qu’ils désignent une, exiftence.
qui, dans le Temps même de l’époque, eft réellement
préfente, puifqu’ell.e eft fimultanee avec
l’époque.
Les Prétérits font les formes du verbe, qui expriment
l ’antériorité d’exiftence à l ’egard de 1 epô-
que. de comparaifon. On leur -donne le nom de.
Prétérits, parce qu’ils défignent une exiftence qui,
dans le Temps même dè l ’époque, eft déjà paf-
fée fipreeterita ) , puifqu’e lle . eft antérieure à l’époque.
y
Les Futurs font les formes du verbe, qui expriment
la poftériorité d’exiftence à l ’égard de l’époque
de comparaifon. On leur donne le nom de
Futurs , parce qu’ils défignent une exiftence q u i,
dans le Temps même d.e l ’époque , eft encore avenir
[funira ) , puifqu’elle .eft poftérieure a l’époque.
C’eft -véritablement du point de l’époque qu il
faut erivifager les autres parties de la durée fuc-
ceffivé , pour apprécier l’exiftence , parce -que
leppq'.:e eft le point d’obfervation : ce qui co-
exifte eft. préfent, ce qui précédé eft paffé ou prétérit
, ce.qui fuit, eft avenir ou futur. Rien donc
de' plus heureux que les dénominations ordinaires.
Pour .défigner les , idées que l ’on viçnt de dève-
. rien de plus analogue que ces idées, pour
T M
expliquer d’une manière plaufible les termes que 1 on
vient de définir. . _ % ,
L’idée de fimultanéité caraftérife très -'bien les
Préfents; celle d’antériorité eft le carattère exatt des
Prétérits : & l’idée de poftériorité offre nettement la
différence des Futurs.
Il n’eft pas poflîble que les Temps des verbes
expriment autre chofe que des raports d exiftence
à .quelque époque de- comparaifon ; il eft également
impoffible d’imaginer quelque efpece de raport
autre que ceux que l’on vient dexpofer : il,
ne peut donc en effet y., avoir que trois eipeces
générales de Temps , & chacune doit être différenciée
par l ’un de ces trois raports généraux.
Je dis trois efpèces générales de Tem ps , parce
qire chaque efpece peut fe foudivifer & fe foudi—
vite réellement en plufieurs branches, dont les
l caraéfères diftinàîfs dépendent des divers points de
i-iie accefloires qui peuvent fe combiner avec les
idées générales & fondamentales dè ces trois efpèces
primitives. >'
§. z . Seconde divifion générale des T e m p s . La
fou'divifion la plus‘ générale des Temps doit fe .
prendre dans la manière d’envifager^ 1 epoque de
comparaifon, ou fous un point de vue général &
indéterminé, qxl fous un point de vûelpécial & déterminé.
. Sou-s le premier afpe6t, les Temps des verbes
expriment tel ou .tel raport d’exiftence à une époque
quelconque .& indéterminée : fous le fécond
afp e 61 -, les Temps des verbes expriment tel ou
tel raport d’exifteiïce à une époque précife & déterminée.
'■ 1 - /
Les noms d’indéfinis & de définis, employés
ailleurs abufîvement par le commun des grammairiens
, me paroiflent affez propres a caraéleriler
ces deux différences de Temps. On peut donner
le nom d’indéfinis à ceux de la première efpece,*,
parce ou’ils ne tiennent effectivement à aucune
époque1 précife & déterminée , & qu’ils n’expriment
, en quelque forte, que l ’un des trois raports
généraux d’exiftence , avec abftraétion de toute époque
de comparaifon. Ceux de la féconde efpece
peuvent.être nommés définis, parce qu’ils font effen-
ciellement relatifs! quelque époque précife & déter-
minéevV;.
Chacune des trois efpèces generales de Temps
eft fufceptible de cette diftin&ion , parce qu’on
peut également confidérer & exprimer la fimultanéité,
l ’antériorité, & la poftériorité , ou avec abf-
traâipn de toute époque, ou avec relation aune époque
précife & déterminée : on peut donc diftinguer
en indéfinis & définis les Préfents, les Prétérits, &
les Futurs. .
Un Préfent indéfini eft une forme du verbe qui
exprime la. fimultanéité d’exiftence à l’égard d’une
époque quelconque : un Préfent défini ^ eft^ une
forme du verbe qui çxprime la fimultanéité d exif-
lencè à . l ’égard d’üne époque precife & de ter«
Hr r î