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diminuer. On dit, c’eft un prix fait j je n’er» mis
pas rabattre un denier. Je vous rabattrai .uatre
pour cent, fi vous payez comptant.
RA BES DE MORUE. Ce font les oeufs de la
morue, que Ton fale & que l’on met en barrique.
Ce terme n’eft en ufâge qu’à la Rochelle. Dans
quelque^autres endroits on dit, des raves ; mais
lur toutes les côtes de Bretagne, cette marchandife
qui fie fert qu’à la pêche, de la fardine , & pour laquelle
on en confomme une quantité immenfe , fç
nomme rogues. Il y a d’autres oeufs de poifîous
dont on fait aufli de la rogue , qu’on emploie également
pour la pêche de la jfârdine, mais qui ne
«valent pas ceux de morue. Comme elle ne fe trouve
point comprife dans les tarifs, les fermiers du roi
& les marchands de la Rochelle en ont fixé l’efti-
mation pour régler les cinq pour cent que paient (
les marchandifès omifes. Cette eftimation eft de z ƒ 1.
la barrique a 1 entrée & de 30 1. à la {ortie.
R A B E T T E . Graine d’une efpèce de choux dont
on fait de l’huile. V o y . n a v e t t e .
RA BO U G R I, ( Terme d'exploitation & de commerce
de^ bois ). On appelle du bois rabougri ,
celui qui n’eft pas de belle venue & qui ne profite
pas bien. V o y . Bois.
RA CA G E . ( Terme de marine. ) Ce font de
petites boules de bois enfilées qu’on inet autour d’un
*nât, vers le milieu de la vergue , afin que le
mouvement de cette vergue en foit plus facile.
Toutes les vergues en ont, excepté celle qu’on
Somme la fivadière.
RA C A IL L E . Terme de mépris, qui s’emploie
en parlant des chofes qui n’ont pas la qualité qu’elles
devraient avoir. On dira, il n’y a que de la
raca ille dans cette boutique, pour faire entendre
qu’on n’y vend que de la marchandife inférieure &
ce rebut.
Payer en r a c a ille , c’eft faire des paiemens en
fcfpeces. de cuivre ou de billon.-----J e n’ai que faire
de cette racaille ; je vous ai prêté mon argent en
fceaux écus. Cette manière de s’exprimer 'n’eft plus
guères ufitée.
RA CHALANDER. Remettre une boutique en I
réputation ; faire revenir les chalans. L e bon marché
, la bonne marchandife & les manières prévenantes
& polies du marchand où de la marchande,
•font les meilleurs moyens de rachalander une boutique
, un magafin.
RA CH ET ER . Acheter urn^ féconde fois foit de
la meme marchandife, foit d’une autre pour la remplacer
, dans le cas oïl celle dont on fit d’abord emplette
ne fliffife pas ^ ou qu’elle ne convienne plus
à l’acheteur.
RA CINE . Partie des arbres , des plantes , ou
des herbes , qui reçoit d’abord le fuc de la terre
& qui le diftiibue enfuite à toutes les autres. Cette
.partie , qui eft ordinairement fibreufe & couverte
d’une écorce plus ou moins, épaiffe , fe'trouve
prefque toujours cachée dans la terre, y en ayant
peu qui paroiffe au-dehors, •
R A C
Il y a plufieurs fortes de racines qui entrent dans
le commerce, & dont le plus grand nombre fait
partie du négoce des marchands épiciers, droguistes
& apothicaires ; les unes font propres pour la
medecine, les autres pour la teinture , plufieurs:
pour les épices & quelques - unes pour divers
ufages..
Les racines médicinales font l’éfule , le doronîc
romain ,^le jalap, le turbic, la fàlfepareille , le fou*
chet, qu'on appelle aufli cyperus, la réglifïè, le ra-
pontic, larhubarbe , la pirethre, le pied d’alexandre,
le mechoacam , la gentiane , l’efquine , l’ipeca-
cuanha, le cor tus arabicus , l’azarum, autrement
cabaret ou nard faûvage , l’azarina , le galanga ,
1 acorus verus , l’angélique, autrement arcnangéli—
que ou racine du faint efprit, & le méon.
Les racines propres aux teintures , font le terra
mérita , autrement concoume , l’orcanette & la
garence.
L e gingembre eft -la racine d’ùne plante qui
entre dans la compofition de ce qu’on appelle com-
munément les quatres épices.
Les racines, propres à différens ufagesfont celles
de l’iris , de l’olivier &f dm noyer.
T o u t e s c e s d if f é r e n te s . e fp è c e s. d e racines , fo n t
e x p liq u é e s c h a c u n e à l e u r a r tic le .
L e tarif ne la. douane; de L y o n , régie, les droits
de trois fortes de marchandifès fous le nom de
racines.
L a première , qu’il appelle Amplement racines,
paie 4 f. de la balle, d ancienne taxation & 1 L
du cent pefant de nouvelle réapréciàtion.
L a fetonde, qui eft tariffée fous le nom de ra-
cines de Savoie , paie 5; f. de la balle d’anciens
droits, & 1 f. du cent pefant pour les nouveaux.
• Enfin les racines de bionias paient iz f» du -
quintal. - ‘
R a c in e . V e u t d ir e a u fli l a racine d u n o y e r q u i
f e r t à f a ir e l a c o u l e u r q u e le s te in tu r ie r s n om m e n t
couleur de racine ; ( v o y . couleur matrice ) m a is
fo u s l e n o m d e racine , o n c o m p r e n d l ’é c o r c e , l a
f e u ille & m êm e l a c o q u e d e n o ix .
L a racine du noyer ii’eft bonne en teinture quê
dans l ’hiver, parce quelafeve de l’arbre s’y trouve
comme retirée l’écorce , lorfque l’arbre eft en
fève 5 la feuille, quand les noix ne font pas encore
bien formées ; & la coque de la noix, lorfque les
noix font encore dans leur coque verte & qu’on les
ouvre pour en tirer le cerneau.
Pour conferver long-temps la teinture de ces divers
ingrédiens, il faut les mettre dans une cuve
bien remplie d’eau ; & ne les en tirer que pour les
employer. V o y . co u leur .
RA CLER . Ratifier quelque chofe, en ôter quelques
parties; quelques inégalités ou .ce qui y eft de
fuperflu.
R a c l er , en terme de me fureurs de grains , lignifie
, ôter avec le racloire ou radoire ce qu’il y a
de trop de grain fur lés minots, boiffeaux & autres
mefures de cette efpèce, lorfqu’elles ne doivent pas
R A D
f tré d o n n é e s c om b le s . O n d it p lu s c om m u n ém e n t
rader q u e racler. V o y . r a d e r .
R A C L O IR E . Vo y. r a d o ir e .
R A D E . L i e u d ’a n c r a g e à c o u v e r t d e s v e n t s , o d
l e s n a v ire s m o u ille n t o rd in a ir em e n t , e n a tte n d a n t
l e v e n t o u l a m a r é e p o u r e n t r e r d a n s l e p o r t , o u
p o u r e n fa ir e v o i l e , fo it q u e l ’o n fo r te d u p o r t , o u
q u e l e g r o s tem p s v o u s a it fo r c é d ’y c h e r c h e r u n
a b r i.
' r B o n n e rade , fe d it d e c e lle d o n t l e f o n d e ft n e t
d e ro c h e s , o ù l a te n u e e ft b o n n e , & q u a n d o n y e ft
a l ’a b r i d ’u n o u d e p lu f ie u r s v e n ts .
• L e s rades q u i fo n t d an s l ’é te n d u e d e l a d om in
a t io n d u r o i d e F r a n c e , 'f o n t lib r e s à to u s le s v a if-
f e a u x m a r c h a n d s , d e s fu je ts d e f a m â j e f t é , m êm e à
c e u x d e fes a l l i é s , & il e ft d é fe n d u à q u i q u e c e
f o it d e , l e s t r o u b l e r , n i em p ê c h e r fo u s p e in e d e
p u n i t io n c o r p o r e lle .
L e s c a p ita in e s & m a îtr e s d e s n a v ire s q u i fo n t fo r - '
c é s p a r l a tem p ê te d e c o u p e r l e u r s c a b le s & d e
la if le r q u e lq u e s a n c r e s d a n s le s rades, fo n t o b lig é s
d ’y m e ttr e d e s b o u é e s & g a v ite a u x , fo u s p e in e
d ’am e n d è .a rb itr a ir e & d e p e r d r e l e u r s a n c re s , le f -
q u e l l e s , e n c e c a s , d o iv e n t a p p a r t e n i r à c e u x q u i
le s o n t p ê c h é e s .
L e s m a îtr e s d e n a v ir e s q u i v ie n n e n t p r e n d r e !
rade , d o iv e n t m o u ille r à te l l e d ifta n c e le s u n s d e s ;
a u t r e s , q u e le s a n c r e s & le s c a b le s n e p u if lë n t fe j
m ê le r , n i p o r t e r d o m m a g e , à p e in e d’e n r é p o n d r e
& d ’am e n d e a r b itr a ir e .
L o r f q u ’i l y a p lu f ie u r s n a v ir e s d a n s l a m êm e rade,
c e lu i q u i fe t ro u v e l e p lu s p r è s d e l a f o r tie , e ft
o b lig é d’a v o ir d u f e u à fo n f a n a l p e n d a n t l à n u i t ,
a fin d 1 a v e r tir le s v a ifle a u x q u i v ie n n e n t d e l a mer'.
S i u n n a v ir e q u i e ft e n rad e , v e u t f a ir e v o ile
p e n d a n t l a n u i t , l e m a îtr e o u c a p ita in e e ft t e n u ,
d e s l e jo u r p r é c é d e n t , d e fe p o r t e r e n lie u p r o p r e
p o u r f o r t i r , fans a b o r d e r o u f a ir e q u e lq u ’a v a r ie à
a u c u n d e c e u x q u i fo n t d a n s l a m êm e rade , à
p e in e d e to u s d é p e n s , d o m m a g e s . & in té r ê ts , &
d am e n d e a r b itr a ir e .
« Titre 8 d u liv r e 4 d e l ’o rd o n n a n c e d e l a ma-
» f in e d u m o is d’a o û t 1681 ».
R A D E A U . V o y . t r a in de b eus.
R A D E R . S e m e ttr e e n r a d e .
R a d e r . E n terme de me fureur de grains , fi-
gm fie pajfer la r a d o ir e p a r d e fïu s le s b o rd s d e la
m e fu r e , p o u r e n ô te r c e q u ’i l y a d e tr o p & la
rendre Ju fte . ^r°y - ci après r a d o ir e .
R A D R R IE . D r o i t q u i fe p a ie e n P e r f e p o u r l ’e n tr
e tie n d e s g a rd e s q u i v e ille n t p o u r l a fureté des"
g r a n d s c h em in s. P e r f o n r ie n ’e n e ft e x e m p t , q u d i -
q u il n e fo it é ta b li q u e fu r le s m a r c h a n d s . Vo y
R a a g d a e r . j •
-, F A D E U R . C e lu i q u i e ft c h a rg é d e l a r a d o ir e ,
o r lq u o n m e fu r e d e s g r a i n s d e s g r a in e s o u d u fe l.
i l y a y o ït a u tr e fo is d e s fa deurs e n titr e d’office ,
an s es g r e n ie r s à fe l. Voy. m e s u r e u r d e s e l &
MESUREUR d e g r a in s .
R A D I X D I C T AM I , Voy, d j c t a m e .
RAI 4§7 * L é ra d ix diélami paie en France les droit
» d’entrée , à raifon de 3 1 . , à la fortie des 5 groffes
» fermes 5; p£ de la valeur, s’il n’eft juftifié de
» l’acquit du droit d’entrée ».
« A la douane de Lyon , de tel-endroit qu’il
» v ien n e , fuivant le tarif de , fous le nom
» de diclamus , du. quintal net 1 1. z f. »
« A la douane de Valence, comme droguerie ,
» 3 1. 1 1 f. du cent pefant ».
RADOIRE , que l’on nomme aufli racloire. In finiment
de bois plat, d’environ deux pieds de long,
dont les côtés, l’un quarré & l’autre rond s’appellent
rives. Les jurés mefureurs de grains s’en fervent
pour rader ou racler les mefures par dçflus
le bord, quand elles font pleines. Ce qai s’appelle
mefurerras.
Les grains, la farine, les graines, &c. fe radent
oufe raclent du côté delà rive quarrée , & l ’avoine
par le côté de la rive ronde ' à caufe que ce grain
eft long & difficile à rader autrement. Les mefureurs
de fel fe fervent aufli de radoire s.
R A G U E T . C’eft une efpèce de petite morue
verte.
En Bretagne , dans le triage que l’on fait des di£
férentes efpèces & qualités- de morue, le raguet
tient le troifiéme rang ^ & en Normandie il tient
le quatrième ; mais il faut remarquer que dans cette
dernière province , le raguet fe confond toujours
avec une autre efpèce de moriie, que l’on nomme
lingue , enforte que la lingue & le raguet fç vendent
ordinairement enfemble. V o y . morue.
R AISE A U X DES INDES. Ce font des ouvra*,
ges de foie propres à faire des ceintures où des
jarretières. Ceux qui font deftinés pour des ceintures
, font portés des Indes garnis aux-deux bouts
de houpes d’or ou d’argent. Ils ont deux aunes ou
environ de longueur, fur un tiers ou cinq douzièmes
de largeur.
RA ISIN . Fruit de la vigne dont on tire le vin ,
en le foulant dans une cuve , ou eh le mêlant-fous
le preffoir. Vo y. v i n ,
11 y a un très-grand nombre de différentes efpèces
de rai fin s qui fe mangent frais ou fecs $ mais
on ne parlera ici que de ceux dont les marchands
épiciers & droguiftesrfent commerce, foit qu’ils
'entrent dans la médecine , foit qu’ils fervent à la
nourriture , ain.fi que ceux qu’ôn nomme fru its de
carême, parmi leiquels le raifin eft compris.
R a is in d e D a m a s . Ces rai fin s entrent particulièrement
dans la compofition des tifànnes où- l’on
emploie ordinairement les jujubes, les fébeftes Sc
les . dattes. Ils font nommés raifins de Damas , du
nom de la capitale de Syrie, aux environs de laquelle
ils fe cultivent, & d’ou ils s’envoient dans
de légères boîtes dé lapin à demi rondes , appellées
bu fies , elles font de diver fes grandeurs & leur .
poids, eft de 75 jufqu’à 60 üv.
Ces ràifins tels qu’on les apporte à Paris, font
égrainés , p la t sd e la longueur & de la groflèur du
bout du pouce 3 ce qui doit faire juger de leur