
f e f e r t p o u r l e t r -an fp o r t d e g r o s f a r d e a u x , c om m e
c o r p s d ’ a r b r e s , p o u t r e s , & c . o n fu fp è n d c e s - p o id s
à l’a i ll ie u a v e c d e s c h a în e s .
F O U R G O N ; e fp è c e d e ' c h a r e t t e d o n t o n fe f e r t
p o u r p o r t e r d u b a g a g e & d e s m u n i t io n s , fo i t à la
c a m p a g n e , f o i t à l ’ a rm é e . E l le e f t o rd in a i r em e n t à
q u a t r e r o u e s , & c h a r g é e d ’u n c o f f r e c o u v e r t d e
p la n c h e s e n d o s d ’â n e .
T R A I N E A U ; c ’e f t u n e é fp è c e d e p e t i t c h a r io t
la n s r o u e , d o n t o n fe f e r t d an s le s p a y s f e p t e n -
t r io n a u x , p o u r t r a n fp o r t e r fu r l a n e ig é p e n d a n t
l ’h i v e r lè s v o y a g e u r s , l e ; m a r c h a n d s , le u r s h a r d e s ',
& le u r s m a r c h a n d i f e s . I ls f o n t c o u v e r t s & g a rn is d e
b o n n e s fo u r r u r e s c o n t r e l a r ig u e u r d u f r o id . C e f o n t
o r d in a i r em e n t d e s c h e v a u x - q u i le s t r a în e n t , m a is
q u e lq u e f o i s o n y - em p l o i e d e s a n im a u x t r è s - l é g e r s ,
ê c a f î ’e z fem b la b lè s à d e p e t i t s c e r f s , q u e l’ o n n om m é
d e s r e n n « , q u i- , o u t r e q u ’ ils v o n t d ’ u n e t r è s - g r a n d e
v î t e f ï e , o n t c e l a d e c o m m o d e , q u ’ils n ’ o n t b e fo în
d ’a u c u n c o n d u & e u r , & q u e p o u r t o u t e n o u r r i t u r e ,
i ls fe c o n t e n t e n t d e q u e lq u e m o u f le q u ’ils c h e r c h e n t
f o u s la n e ig e . L a L a p o n i e , la S ib é r ie & l e B o r a n d a ÿ
f o n t t o u t l e u r c om m e r c e a v e c d e s t r a în e a u x a t t e lé s
d ’ u n e d e c e s r e n n e s . O u t r e le s t r a în e a u x t i r é s p a r
d e s c h e v a u x o u p a r d e s r e n n e s d o n t o n f e f e r t f l
c om m u n ém e n t d an s la M o f c o v i e , il y e n a d ’a u t r e s ,
p a r t i c u l i è r em e n t d u cô té - d e S u r g u t , v i l l e f i tu é ë fu r
l ’O b y , q u i n e f o n t a t te lé s q u e d ’ u n e f o r t e d è c h ie n s
q u i f o n t p r o p r e s à c e t t e p a r t ie d e la S ib é r ie . •
L e traîneau e f t a u f ï i u n a f fem b la g e d e fo r t e s p iè c e s
d e b o i s fa n s r o u e s , a u q u e l o n a t t e l e u n c h e v a l p o u r
t r a n f p o r t e r d a n s la v i l l e ,- d ’ u n l ie u à u n a u t r e , d e s
b a l lo t s , d e s c a i lle s , & ’ a u t r e s f a rd e a u x .
Communauté des Charrons.
L e r o i L o u i s X I I d o n n a a u x c h a r r o n s le u r s
p r em ie r s f t a tu t s -, & le s ' é r i g e a e n c o r p s d è ju r a n d e
p a r l e t t r e s p a t e n t e s d u 1 5 o c t o b r e .1 4 9 8 .
* O n fu t o b l ig é ^ d e r e n p u v è U e r c e s ‘ fta tu t s e n ' l ê à „3 ,
à c a u f e d e la d iv e r f t ï é - d e s o u v r a g e s . O n a v o i t m êm e
c o n fo n d u le s c h a r r o n s a v e é ' l e s c a r r o f li ë r s , 'q u i *hè
f a i f o ie n t p lu s q u ’ü n ; f e u l - & m êm e c o r p s . ■
C e s ; f ta tü t s riô ' f u r e n t p a s t e n c o r e fu fH fan s p o u r
a r r ê t e r & d é c id e r u n - n om b r e in f in i d è c ô n te f ta t io n S
a v e c d ’a u t r e s c om m u n a u t é s . L e p a r l e m e h t , d e v a n t
q u i fu r e n t p o r t é e s c e s c o n t e f t a t io n s , o r d o n n a , p a r
a r r ê t d u 1 (5 j u i l l e t 1 6 6 7 , q u e le s m a î t r e s c h a r r o n s
f e p o u r v o i e r o i e n t p a r d e v a n t S a ' M a je f t é p o u r e n
o b t e n i r d e n o u v e a u x fta tu t s , c è q u e -L o u is X I V le u r
a c c o r d a ; & c e s d e r n i e r s ïé g lé r a e n s fu r e n t e n r é g if t r é k
e n p a r lem e n t l e - i o n o v em b r e 1 6 6 8 .
L a c om m u n a u t é d e s m a î t r e s c h a r r o n s d e P a r is é ft
c o m p o f é e d e -c en t q u a t r e - v in g t - d o u z e m a î t r e s .
L e s ju r é s d e c e t t e c om m u n a u t é fo n t a u n o m b r e
d e q u at re -: ils n e : p e u v e n t ê t r e é lu s , q u ’ ils n e d em e u r
e n t a é lu e l lem e n t d an s la v i l l e d e P a r is , & q u ’ils
n ’a ie n t é t é b â to n n ie r s & a dm in i f t r ä t e u r s d e l a c o n f
r é r i e d e S . E l o i , le u r p a t r o n .
De nouveaux jurés s’élifent tous les ans, &entrent
à la place de deux anciens , q u i, à leur fortievde
charge, font tenus de rendre compte de leur jurande
par devant huit anciens bacheliers , deux nouveaux
& deux jeunes maîtres.
L’apprentiflage & le compagnonage font de chacun
quatre ans.
Chaque maître ne peut avoir qu’un apprentif
à-la-fois, fi ce n’eft après la -moitié du temps du
premier.
Tout afpirapt à la maîtrife doit chef-d’oeuvre * s’il
n’eft fils de maître , ou s’il n’a époufé la veuve ou
fille de maître : en ce cas, il éft exempt de compagnonage
, & n’eft tenu qu’à la ftmple expérience, même,
fans frais.
Ce font les jurés & anciens bacheliers qui donnent
le chef-d’oeuvre à l’afpirant. Tous les maîtres
cependant peuvent y afîifter.-S’il eft trouvé capable,
il prête ferment, & reçoit les lettres après avoir
payé les droits des officiers du châtelet , les vacations
des jurés & bacheliers.
Chaque maître ne peut avoir qu’une boutique
ouverte, quoiqu’il puiffe occuper un chantier dans
tel Heu de la ville & des faubourgs qu’il veut.
Aucun maître ne peut travailler Comme privilégié
ou ayant lettres du grand prévôt, la communauté
en ayant été de tout temps exempte. Elle eft même
déchargée de toutes autres lettres , qui s’accordent
ordinairement pour les joyeux avénemens, majorités
, facres, mariage, s’èn étant rachetée par une
finance payée au roi en 1657.
Les jurés peuvent, outre les vifttes dans les ateliers,
en faire encore fur les ports.
Les maîtres charrons .travaillent tous les bois qui
entrent dans les groffes voitures & leur attirail, &
font obligés dé mettre -leur marque fur ceux qu’ils
ont employés:.
Les droits de réception des maîtres charrons,font
fixés, par l’édit d’août 1776, à 800 liv.
Explication des deux planches de V Art du Charron.
. Planche I. La vignette n°. 1, repréfente un chantier
:ou hangard fous lequel deux ouvriers font
occupés, à 'travailler. .
La vignette n°. 2 , repréfente également un atelier
& plufieurs ouvriers occupés à différentes opérations
de charronnage.
Fig. 1 de là fécondé, vignette , ouvrier qui achève
d’évider les mortaifes des jantes avec la gouge
carrée. r r
' Fig. 21,’ouvrier q u i à grands" coups de maffe,
fait.entrer lestais d’unê grande roue dans le moyeu.
Les tenons qui doivent, entrer dans les mortaifes des
jantes ne font point encore formés.
Fig. 3 i ouvrier qui préfente les rais aux mortaifes
du moyeu , qui eft pofé fur l’enrayoir.
Fig. 4 , ouvrier qui ceintre une roue , & qui va
tracer les coupes’ des joints avec la pierre noire, le
long de l’alidade ou règle qui eft fixée au centré du
moyéu. On appelle cette règle ceintre.
, Fig. 7 , ouvrier qui fe fert de la plane pour achever
les rais du côté, des jantes , & arrondir leurs; riyes
en dedans.
Bas de la planche.
Fig. 1 , l’évidoir repréfenté en plan , & une jante
qui y eft placée pour être évidée. Elle y eft retenue
par deux coins.
Fig. 2 , évidoir en perfpeélive.
Fig. 3 , hoche en perfpeâive.
Fig. 4 , cognée emmanchée vue du côté de la
table ; & la cognée féparée de fon manche, vue du
côté du bifeau.
Fig. 3 , effette en perfpe&ive.
Fig. 6 , chèvre.
Fig. 7 , gouge carrée pour vider les mortaifes des
moyeux & des jantes, & dont l’ouvriér, fig. 1 de la
fécondé vignette, fe fert.
Fig. 8 , grande tarrière pour accroître lés trous des
moyeux.
Fig. p , amorçoir.
Fig. 10 , ceintre du règle du charron.
Fig. 11, plane vue du côté du bifeau.
Fig. 12, vis & moufles de la chaîne fervant à ferrer
en joint les jantes quand on les affemble fur les rais.
Fig. 13, mouillet ou enrayoir pour les grandes
roues.
Fig. 14, petit enrayoir pour les petites roues.
Fig. 13 , compas pour tracer fur les bouts des
moyeux différens cercles concentriques au trou qiii
a fervi de centre pour les toùrner, afin de régler la
grandeur du trou qui doit recevoir l’aiffieu. %
Fig. 16, jantier en perfpeâive , dont fe fert l’ouvrier
,fig. 1 de la fécondé vignette, pour tenir en état
les jantes qu’il veut percer.
Fig. 17 , jantier vu de profil.
Fig. 18 , train de carrojfe tel que le ■‘charron le
fabrique.
A , avant - train. B , timon. D , cheville. F F f f ,
armonts. H h , liffoir dans lequel l’aiffieu de fer eft
encaftré. B K , K F , ^ , ÆB, jantes de rond. X x ,
l’aiffieu.
Fig. 19 , élévation fur la fellette qui pofe fur
l’avant-train, vue du côté de la caiffe. L /, la fellette
qui repofe fur le liffoir de la figure»précédente , &
dans le trou duquel entre le boulon qui traverfe la
fellette. gG , extrémité des fourchettes.^N/z, moutons
qui foutiennent le fiège du cocher: Mm, traverfe
des foupentes.
Fig. 20 , élévation poftérieure de l’arrière - train.
Y y , l’aiffieu fur lequel les roues font montées. P p 3
liffoir. Q q y moutons. R r , extrémité des brancards.
S s , échantignole.
Fig. 21, profil ou élévation latérale^du train. A ,
extrémité du timon. D , cheville: C , Volée, f f , un
des armonts. g g , une des fourchettes a l deffoüs
defqueîles font attachées les fix jantes qui forment
le rond de la fellette." b , cçnfole. ç , coquille. <2,
traverfe de mafche-pied. N , mouton. M , extrémité
de la traverfe de foupente. d , extrémité de la traverfe
de fuppprt, laquelle pofe fur les fourchettes.
X , roue de devant. M R , brancard. Y , roue de derrière.
ss , échantignole. T V , planche. Q , mouton.
Fig. 22 , plan d’un train non garni de fes ferrures.
A B , le timon. C C , volée. E E , E E , palonniers.
ƒ*, extrémité des armonts qui embraffent le timon.
G G , ggy fourchettes de la fellette, La coquille eft
indiquée par une ligne ponéluée. L /, fellette. N n x
mouton. Mm, traverfe de foupente. d d , traverfe
de fupport. G g , g N , N g, G g-, G / z ,nG , les fix
jantes qui compolent le rond de la fellette. X a: ,
l’aiflieu ou les roues. M R , m r, brancards. P p , liffoir.
Q ÿ , mouton. Y y , l’aiflieu ou les roues. T V , la
planche.
Planche IL Fig. 1 , mouillet en perfpeclive avec
un moyeu qui y eft placé. • >
Fig. 2 , plan du mouillet où on place les moyeux
pour y percer les mortaifes. te s pointes ah entrent
dans les trous qui font aux extrémités des moyeux.
Fig.-3 , une jante brute fur laquelle on a tracé
avec la jeumérante ou patron, la forme d’une jante.
On y voit auffi quelques traits de fcie pour faciliter
le débit du bois fuperflu.
Fig. 4 , rais vu du côté extérieur de la roue.
Fïg.:$, rais vu du coté de l’épaulement du moyèu.
Fig. 6 s rais vu du côté'de l’épaulement de la jante.
Fig. 7 , rais vu du. côté du crochet.
Fig. 8 & p , deux jantes en perfpeéHve pour laiffer
voir les goujons & les trous qui les reçoivent.
Fig. 10 , roue en plan. Les deux rais qui répondent
à la fig-8 } font dans l’état où on les, chaffe dans le
moyeu 3 les deux qui répondent à la figure 9 , font
épaulés & prêts à recevoir la jante. B C , D E , deux
jantes fimplemënt pofées fur les fais. C D , Une troi-
fième jante pofée fur les deux précédentes. Les
lignes pon&uées indiquent la direction de la coupe.
D E , E F , deux jantes fuppofées affemblées fur les
rais.
Fig. /1, moyeu percé de mortaifes prêt à recevoir
les raisl
Fig. 12, Coupe diamétrale du moyeu, où on voit
que les mortaifes font inclinées à l’axe.
Fig. 13 , élévation de l’arrière d’une charrete ordinaire.
Au deffus eft une des trezelles qui fervent,
outre les cornes des ranches, à empêcher l’écartement
des ridelles, ;
Fig. 14, profil fur la longueur.
Fig. if ., plan de la charrette, où on voit les deux
rancherç.
Fig. 16 y cornes d’avant & d’arrière de la voiture
fuivante.
Fig. 17 profil fur la longueur d’une charette
nommée guimbarde. .
Fig. 18 , plan de la guimbarde.
Fig. 19, profil du tombereau à bafcule. On a fup-
primé la roue gauche, ou antérieure , pour laifler.
voir les pièces qui eompofent la caiffe. a , extrémité
poftérjeure de la membruredro.ite. cd, limons droits,
c , boulon de fer. g , fommier. ƒ , boîte de la clé de
devant. oP , la de de derrière. N , le doflier. lm9
I i i i ij