1» S D E L A S
le c o n d am n a à u n e fa im , q u e r ie n n e
p o u v o i t ras sas sie r ( 1 ) . N o u s Terrons
b ie n tô t T h é o n , q u i e n fa i t le fam e u x
T a n t a le , d o n t la s o i f n e p e u t ê t r e é ta n c
h é e . V e r s la fin d e sa v ie , T r io p a s fu t
e x p o s é à u n S e r p e n t , q u i le to u rm e n ta
b e a u c o u p , e t q u i enfin lu i donna la
m o r t. C é r è s c o n s e n t it d ep u is , q u 'il fû t
mis a u x C ie u x . D ’au tre s a u te u r s p r é t
e n d e n t , q u e c ’e s t C a r n o b u t a , R o i d e s
G è t e s , q u e c e t te D é e s s e a v o i t p la c é d a n s
la c o n s te lla t io n d u S e rp en ta ir e (a ).
O n d it , q u e c e P r in c e é to i t m o n te sur
le t r ô n e , a u m êm e tem p s o ù C é r è s
f it la d é c o u v e r te d u b l é , q u ’e lle c om m u n
iq u a a u x m o r te ls . E n e f fe t C c r e s , lo r s q
u ’e l le fit p a r t a u x h om m e s d e ses p re -
s en s , p la ç a su r u n c h a r a tte lé d e D r a g
o n s , T r ip to lêm e , q u ’e l le a v o i t n o u r r i.
L a D é e s s e lu i a v o i t o r d o n n é d e p a r c
o u r ir l’U n i v e r s , e t d ’ y d is tr ib u e r le s s e m
e n c e s d e s m o is s o n s , a fin d e r e t ir e r
le s h om m e s d e le u r v ie a g r e s te e t s a u v
a g e . T r ip to lêm e a r r iv a c h e z C a rn o b u ta ,
R o i des G è t e s , q u i d ’a b o rd le r e ç u t a v e c
am i t i é 5 b ie n tô t a p r è s il fu t t r a i t e , n o n
c om m e u n é t r a n g è r , à q u i o n d o n n e
l ’h o s p i t a l i t é , n i c om m e u n b ie n f a i t e u r ,
m a is c om m e u n e n n em i c r u e l ; e t c e lu i
q u i v o u lo i t p r o lo n g e r p a r se s b ie n fa it s
l a v ie des au tre s h om m e s , c o u r u t le
d a n g e r d e p e rd r e la s ien n e . C a rn o b u ta
f it tu e r u n d e s D r a g o n s , q u i a t te lo ie n t
so n c h a r , a fin q u ’i l n e p û t p a s fu i r ,
lo r s q u ’il s’a p p e r c e v r o i t q u ’on e n v o u lo it
à ses jo u r s . C é r è s ,q u i v i t le d a n g e r , se
tra n sp o r ta e n c e s l i e u x , e t r em p la ç a le
p r em ie r D r a g o n p a r u n an tre ; en m em e
tem p s q u ’e l le p u n it c e R o i d e sa p e r f
id ie . P o u r p e rp é tu e r d a n s la su ite d e s
s iè c le s le s o u v e n ir d e c e t é v é n em e n t ,
e lle p la ç a a u x C ie u x C a rn o b u ta , t e n a n t
en ses m a in s u n S e rp e n t , q u ’ il a 1 a ir
d e v o u lo i r tu e r .
L e s R h o d ie n s , a d o ra te u r s d u S o l e i l ,
v o y o ie n t d a n s le S e r p e n ta i r e , Phorbas ,
q u i le u r a v o i t é té a u t r e fo is d ’u n grand
(i) Hygin. ibid.
(*) Hygir.. ibid.
P H È R E ;
s e c o u r s , e n tu a n t le s S e rp e n s , qui in- I
fe s to ie n t le u r I le , a p p e lé e d ’abord I
O p h it is a , o u P l ie d e s S e rp en s . Ces I
r e p t ile s s’ v é to ie n t m u lt ip lié s à l ’in fin i, I
e t a v a i e n t fa it d e g r a n d s r a v a g e s . On I
p a r lo it su r - to u t d ’u n D r a g o n , tel que I
c e lu i q u i e s t fam e u x d a n s l ’his toire Ro- fl
m a n e s q n e d e s C h e v a lie r s d e M a lte éta- 1
b lis à R h o d e s , le q u e l a v o i t fa it périr I
b e a u c o u p d e m o n d é , e t fo r c e le s Rho- fl
d iè n s à ;se b a n n ir d e le u r p a tr ie . Phorbas, I
fils d e T i io p a s , v in t p a r hasard abord er I
d a n s c e s lie u x . I l d é l iv r a l ’I le de tous f l
le s a n im a u x fé r o c e s , q u i 1 in fe s to ien t, I
e t tua le r e d o u ta b le D ra g o n .-C om m e il H
é to i t c h é r i d ’A p o l lo n o u d u S ole il, H
a d o r é des I lh o d ie n s , c e D ie u le plaça I
a u x C ie u x , o ù i l e s t r e p r é s e n te tuantI
le S e r p e n t , e t s o n im a g e y perpétue le I
s o u v e n ir d e sa v ic to i r e . C e S erp ent e s t!
le fam e u x P y t h o n , d o n t A p o llo n lui- fl
m êm e t r iom p h a . T o u t e s le s fo is que le s !
R h o d ie n s s ’em b a r q u o i e n t , e t entrepre-B
n o ie n t q u e lq u e v o y a g e é lo ig n é , ils sacn-B
f io ie n t à l ’h e u r eu s e a r r iv é e de Phorbas,B
e t fa is o ie n t d e s voe u x p o u r o b ten ir dès*
su c c è s au s s i g lo r ie u x q u e le s siens , les-1
q u e ls lu i a v o ie n t m é r ité u n e place aus ■
C ie u x . D io d o r e d e S ic ile (3 ) raconte la i
m êm e h is to ir e q u ’H y g in , a v e c ce tte difle-1
r e n c e , q u e c ’e s t d’a p r è s un o rd r e exprès!
d e l ’o r a c le d e D é lo s , q u e le s R h o ita s I
a v o ie n t é té c h e r c h e r P h o rb a s , né en■
T h e s s a lie d u s a n g d e s L a p it lie s , I
l ’a v o ie n t in v ité à s’é ta b l ir d a n s leur lit J
e t à p a r ta g e r a v e c e u x le u r territoirei|
q u e P h o rb a s s’ y é to i t r e n d u ; q u il avoit!
p u rg e r i ’ ILe d e S e rp e n s , e t que
b ie n fa it s , d o n t i l a v o i t _ com b le WJ
h om m e s d u r a n t sa v ie , lu i a v o ien t ni® |
r ite ap rè s sa m o r t le s h o n n e u r s , que ül!|
d é c e r n e a u x h é ro s . . I
T h é o n ( 4 ) , o u t r e le n om d ’Hercnlej
d o n n e au S e rp e n ta i r e c e u x d e P1"®1? , 1
t h é e , d e T a n t a l e , d e T y b r i s , de IM j
s é e , d ’ I x io n . IL y v o i t H e r c u le ranl® I
s a n t le s p ie r r e s , q u e c e Héros la n c e cou e|
(3) Diod. I. 5 , c, 58.
(4) Theon, p. 116.
W
E T D E S E S P A R T I E S . 129
le« Liguriens. Je crois que c’est une erreur
et qu’il a transporté à l’Hercule
OphiuchuS , ce qui appartient à
l’Hercule Ingeniculus , Prométhée ,
T h é s é e , etc.
C’est par cette constellation , que
nous avons expliqué la fable de Jason ,
dont elle porta aussi le nom (1) , ainsi
que celle de Cadmus.
Quant à celle de Tantale , je n’ai
qu’une observation à faire ; c’est que
toutes lesfois que le Serpentaire monte
à l’Orient, le fleuve d’Orion, qu’il ap-
perçoit au couchant, se cache , et que
quand il se couche lui-même , le même
| fleuve reparoît à l’Orient , en sorte que
i ce fleure et lui semblent éternellement
se chercher et se fuir. Voilà , je crois,
l’origine de la fiction , sur le supplice
de Tantale. C e Prince régnoit en Lydie
(2), pays fameuxparle culte cl’Aty s,
ou de l’Esmun Phénicien , dont le culte
a été rapporté plus haut à celui du Serpentaire
(3).
Les Arabes nomment le Serpentaire,
Alhawwa (4), et par corruption
on fit A l hangue (5 ) , et A l hague,
là moins que ce ne soit l’*irticle Arabe ,
JQ uni au mot Anguis , en latin , lequel
lignifie Serpent. On en fit aussi Aza-
Innen : les T u r c s disent Yilange (6) , et
! AI Yilange; d’autres, A l ange, ceux-ci,
Alhaure ( 7 ) .
La brillante de la tête du Serpentaire
s’appelle A l R a ï, le berger ; Rds al
h a u v /a , la tête du Serpentaire ; la précédente
de l’épaule droite tChelb-a l~
rai. (8) , le chien du berger. On appelle
aussi la brillante de la tête , kâsnl-
hague (9) , Rdsalangue (10).
La plus Boréale de la main se nomme
Y ed ( i l ) .
Les Grecs appellent le Serpentaire
en général, Ophiuchus (11). Ils lui donnent
l’épithèteà'Aigléis (i3),et de Mo-
geros (14) ? Aglaopès ( i 5) , Aiglaemt
Aiglêtos (16).
Les Latins le nomment Anguifer,
Anguitenens , Serpentis lator, Kffami-
natus , Ophiulcfms , Ophiultus , Serpentis
praeses , Coesius , Glaucus. On
l ’appelle aussi Cadmus , Jason, AEsacus,
Laocoon, Aristaus ( 1 7 ) .
La Sphère des Maures y peint une
Cicogne , ou Grue , placée sur un Serpent
(18). Il semble que Ce soit lTbis des
Egyptiens , combattant ce Serpent. La
Grue est un animal, qui fuit les froids
d’Automne et d’Hiyer , dit Elien (19) ;
elle retourne en Thrace au Printemps.
Columelle marque , au onze des Calendes
de Juillet, le coucher du matin
d'Ophiuchus , avec annonce de tempête
(20). O vide le fixe au même jour ,
et raconte , à cette occasion , la résurrection
d’Hippolyte par Esculape (21).
Le Serpentaire appuie son pied droit
sur le dos du Scorpion, et le gauche
sur l’oeil de cet animal. Théon prétend
qu’il n’en a qu’un visible , et que l’autre
est caché (22) ; ce qui s’accorde avec la
fiction sur Jason , la q u e lle suppose ,
( 0 Cæs. 0. 1 3 , p. «46.
’-) 5f; abon, 1. 1, c. 58.
(3) Ci-dess. t. 2.
(4) Hyd. Comm. Ulug-Beigh. Comm. Alfrag,
P- 106.
(5) Alph. tab. 219. Scaîig. p. 333. Ricc. p. i2J.
(6) Hyd. ibid.
I7) Stoffl. c. 14.
(o) Omar. 1. 3 , c. 19.
(93 blug-Beigh, p. 4©*
(10) Ricciol. p. 128. Bay. trb. i j , Scaîig.
P’ 433-
I fit) Tab. Alph. p. 219.
(n ) Ricciol. p. 128.
D e la Sphère. Tome III.
- (13) Arat. r . 76. Kipp. 1. i , c. ». Theon ,
p ,‘ 116.
(14) Nonn. I. 1 , T . 2 $ -
(15) Arat. v. 577.
(16) Hesych.
417) Caes. c. IJ , p. 146. Bay. tab. i 3 . Ricciol.
p. 126.
(18) Cass. ibid. Bay. ibid.
(19) AF.lian. ,de Animal. 1. x , c. t ; 1. 3 , c. 13.
Oppian.!.. 5 , v. j 3o.
(20) Columrll. 1. i t , c. 2 , p. 427.
(at) Ovid. Fast. 1. 9 , v, 735.
{22) Theon, p. 116.