
celte géographie, ou plutôt le texte
original dont nous ne possédons encore
en Europe que l ’abrégé, a été-com-
posee par ordre de Roger , second roi
•d'è Sicile, vers n 53, pour l ’intelli-
gence d’un globe d’argent fin qui re-
présentoit la figure de la terre. Ce savant
géographe se nommoit A b o u A ’ b-
d o u l la l i M o h h a m m e d b en M o h h a m m e d
b e n A ’ b d o u l la h b e n Ê d r y s . êm y r ê l m o u -
m e in y n , et descendoit de la fameuse
famille des E d r i s s i t e s qui régna en Afrique,.
fonda la ville de Fès , et fut détrôné
par Mahady À ’bdoullah en y 19 de
J. C. Notre auteur ne conserva-de sa
royale origine que le surnom d’Emyr
âl-Moumeïnyn, (chef des fidèles. ) 11
est maintenant incontestable que C h e r
y f E d r y c y éloit Musulman, d’origine
Barbaresque, et non pas Chrétien et
Nubien , comme l’ont cru les Maronites,
auteurs de la traduction latine de
sa géographie , publiée à Paris en
16 19, sous le titre de G e o g r a p h ia N u b
ien s i s . Cette traduction n’est pas très-
fidelle, et leur préface l’est encore
moins. En la lisant il ne faut pas négliger
de consulter H a r lm a n Corniïien-
ta t io d e g e o g r a p h . A f r i c c e e d r is s ia n a .
Gotting, 1791. T. I I , p. i û o , 3g3. .
F
F o r r 'ETS ( T h . ) n ew v o y a g e to n ew
G u in e a s a n d t h e M o lu c c a s , f r o m b a la n g -
b a t ig d u r in g th e y e a r s , 1 7 7 4 ,1 7 7 5 et
1776. Londres, 1779 , grand in-4” -.
Cet ouvrage a été traduit en français
et imprimé en 1780, in -4°. — Et
en allemand. Hamburg, 1782, 2*72-8°.
Le même voyageur a publié en 1792
une autre relation bien précieuse pour
la géographie des mers de l ’Inde,
V o y a g e f r o m C a l c u t ta to th e m e rg u y
a r c h ip e la g o , &c. A l s o a n a c c o u n t o f
t h e I s la n d s J a n - S y la n , P u l o p i n a n g ,
a n d th e p o r t o f Q u e d a h , t h e p r e s e n t
s ta t e o f A t c h e e n , a n A c c o u n t o f t h e
I s la n d C e l e b e s , &c. London, 1792,
in -4°. planches et cartes.T. I , p. 37.9.
Voucher ( d’ Obsonville. ) Essais p h i losophiques
Sur les moeurs de divers anim
a ux étrangers , avec des observations
relatives a ux pr incipes e t usages de p lu sieurs
p eu p le s y &c. Paris, 1.783 , 2*72-8°.
1 v o l.
Ces excellentes observations ont été
traduites et abrégées en allemand avec
des notes , .par Reichard. Leipzig ,
1784, i7z.-S0. de 286 p. T. I , p. 484,
486,489 .'
F r a n k lin ( W i l l . ) Obse rvation s- m a d e
o n a to u r f r o m B e n g a l io P e r s ia , &c.
Londres, 1788-, 272-8°. 1 v o l.
Cet ouvrage a été dernièrement traduit
en Français sous ce titre,* V o y a g e
d u B e n g a l e à C h y r a z e n 1 y 8 6 e t i j B j ,
c o n t e n a n t u n e c o u r t e n o t ic e s u r le s r u in e s
de, P e r s é p o l i s , d e s o b s e r v a tio n s s u r le s
m oe u r s d e s n a tu r e ls d e la P erse e t V a b r ég é
h is to r iq u e d e s tr o u b le s e t d e s r é v o lu t io n s
q u i o n t a g i té c e t em p ir e d e p u i s N a d i r
C h a h ju s q u * e n 1788, a v e c d e s n o te s d u
t r a d u c t e u r .' Cette traduction augmentée
de' plusieurs notes,.est actuellement
sous presse, et paraîtra sous peu. T . II,
p .a s f .
F r o è s ( L u d o v . ) D e r e b u s J a p o n ic i s
h is to r ie n r e la t io . Colonise, i582. Mo-
gunt. 1Ô99,272-8°. T I I , p. i 35.
O U V R A G E S
G
G A u n i l . H i s to i r e d e G c n l c h i s k a n e t
d e to u t e la d y n a s t ie d e s M o n g o u s , s e s
s u c c e s s e u r s , c o n q u é r o n s d e l a C h in a , t i r
é e d e l ’ h is to ir e C h in o is e . Paris, 1709,
in - 4°. 1 v o l. '
V o y e z un jugement sur cet ouvrage.
T. I I , p. 134 et i 35 , n o te .
G e n t i . H i s to i r e d e s m o n n o ie s d e V In d
e , m a n u s c r it e . T. I l , p . 470, 471.
G e n t i l ( l e ) , V o y a g e d a n s le s m e r s d e
l ’ I n d e à l’ o c c a s io n d u p a s s a g e d e V é n u s .
Paris., 1779 et 1 7 8 1 ,272-46.2 v o l. Heidelberg
, 1782,2/2-8°. 8 v o l .
Ce v o y a g e a -été traduit en Allemand,
publié avec celui de Chappe
d’Auteroche, 8cc. à Hambourg, 178 1,
1-782 et 1780.
Nous n’avons des notions sures et
clairés de l ’astronomie des Indiens ,
que depuis que le Gentil a été, pour
ainsi dire, dérober aux Brahmanes leur
science dont ils font un secret. T. I ,
p. 4g6. T. I I , p. 345.
G e o r g i ( A u g u s t . A n t o n . ) A l p h a b e -
tu m i ib e ta n u m , m is s io n , a p o s t . c om m o d o
e d i t u m , p r em is s a e s t d i s q u i s il io q u a d e
v a r io littercCrum a c r e g io n is d o m in e , g e n -
t i s o r ig in e , m o r ib u s , s u p e r s t it io n s ac
m a n ichoe ism o f u s é d i s s e r i tu r , &c. Ro-
mæ, 1762,2*72-4°. 2 tom. en 1 vol.
Jusqu'à la publication de ce précieux
ouvrage, nous n’avions sur le Tibet qu e
des renseignera eus bien vagues , qui se
réduisoient à quelques lettres d’Andra-
da , à une description du Tibet par
Tliéod. Rhay, publiée, en i 658, et la
relation d ’O r a z io d é l ia p e n n a . Rome
i j ' t i . — La relation deM. Bogie, envoyé
par 3a Compagnie des Indes Anglaise
auprès du grand Lama en 1783,
vient d’ajouter encore à nos connois-
sanees sur cette çurieusecontrée. \
La partie grammaticale est la moins '
considérable de l’ouvrage du P. Georgi,
puisque sur les 760 pages des deux vol.
le discours préliminaire en occupe 55 2 ;
ce discours est entièrement consacré à
la religion, à la géographie et aux
moeurs du Tib et, avec de longues discussions
théologiques contre le manichéisme.
Cet ouvrage manque à la fois
de philosophie , d’ordre, et de critique
; c ’ e s t un chaos épouvantable , dans
lequel il faut chercher les élémeus dont
on peut avoir besoins La religion du
Tibet y est sur-tout développée avec la
plus scrupuleuse exactitude.
• Puisqu’il s’agit du tibétain , je ne
laisserai point passer une aussi belle
occasion de venger- la mémoire de
M. Eourmont, du ridicule dont un savant
bibliographe moderne s’est amusé
à la couvrir. Dans: le courant de septembre
1787, le citoyen S. L . inséra
deux lettres dans le journal de Paris -
pour apprendre au public et pour démontrer
que AL F o u rm o n t p , i t p o u r d u
t ib é t a in c e q u i d e p u i s a é t é r e c o n n u p o l i r
d u m a n c h é o u x . ( découverte qui, à coup
-sûr, n’a pas été faite par un Mantchou )
V o i là , ajoute-t-il, c e q u e j ’a i r a p p o r té
d ’ a p r è s le s a n e c d o te s d e S loe h l in , e t c e
q u i , j e le s a v a is b i e n , e s t t r è s - o p p o s é
a u n a r r é d e l ’ a c a d ém ie e t d e s a u t e u r s
d e l ’ a b r é g é d e la. v ie d e F o u rm o n t . M a i s
c e lte o p p o s it io n d e s d e u x n jc i t s .n c p r o u v e
r ie n c o n tr e l a v é r ité d e V a n e c d o t e à
m o in s q u e l ’ o n n e d ém o n tr e q u e l e b ou le
a u e n q u e s t io n d o i t r é e llem e n t é c r it en
la n g u e e t a v e c le s c a r a c tè r e s d u T ib e t ■
— et c’ est positivement ce qui n’a pas
incinc besoin d’être démontré à quiconque
a les plus foibles notions', non .
pas des langues, mais seulement dès
caractères usités par les habilans de
l’Asie septentrionale. Le tibétain s’écrit
horizontalement ; le mantchou. ( et non
pas m a n c h é o u x ) perpendiculairement •
ln différence me paroît a sez prononcée
: mais ce n’est pas, je crois . dans
des a n e c d o te s qu’on peut s’en instruire
.011 n’y apprend pas non plus qm , l im e r ’ .
M u l l e r cl G e o r g i , n’ ont jamais élevé lé
moindre doute.sur les caractères de ces
fragmens, Les deux premiers dans la
préface du M u soe um s in i ç u m , ,p, i 0g ,