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saveur, comme nous en trouvons fréquemment sur la plupart des
variétés de vignes cultivées en grand de temps immémorial, et
non des variétés proprement dites.
C u l t u r e . Depuis vingt ans nous cultivons le Kadarkas noir de
Hongrie au milieu de nos variétés françaises. Sa bonne végétation,
sa production abondante et toujours régulière le recommandent
à l’attention de nos viticulteurs du Midi ; mais il n’aura
jamais aucune valeur pour nos vignobles du Centre où sa maturité,
de troisième époque, ne permettrait pas de le cultiver d’une
manière utile. Par son port érigé, son époque de maturité et sa
fertilité, le Kadarkas se rapproche du Mourvèdre, mais il est
loin d’atteindre la production du Califor, de l’Aramon et même
de la Carignane ; il serait surtout recommandable, au point de
vue de là qualité, dans notre région méridionale. La taille à court
bois, sur souche hasse, est la seule que l’on applique au Kadarkas
; par une taille longue, on obtiendrait certainement un plus
grand rendement pendant un certain nombre d’années, mais sa
souche serait bien vite épuisée par cette production exagérée,
dont la qualité reste toujours inférieure à celle des raisins provenant
de taille courte. Ce cépage s’accommode de tous les sols,
pourvu qu’ils soient exempts d’humidité et sous une latitude
convenable.
DESCRIPTION.
Bourgeonnement d ’u n r o u x g r i s â t r e , d u v e t e u x , l é g è r em e n t t e in t é d e
r o s e v io l a c é s u r l e r e v e r s d e s fo lio le s .
Itouehe v ig o u r e u s e e t r u s t i q u e . L i e n f e r t i le ,
.G a rm e n t s a s s e z g r o s , é r ig é s , p e u n o m b r e u x .
F en llle s m o y e n n e s o u à p e i n e s u r -m o y e n n e s , p r e s q u e a u s s i l a r g e s q u e
l o n g u e s , d ’u n v e r t fo n c é , g l a b r e s e t p r e s q u e l i s s e s s u p é r i e u r e m e n t , g a r n i e s
i n f é r i e u r e m e n t d ’u n d u v e t l a n u g i n e u x , c o u r t, a s s e z c o m p a c t ; s in u s s u p é r i e u r s
p r o f o n d s , o r d i n a i r e m e n t o u v e r t s ; l e s s e c o n d a i r e s s im p l e m e n t m a r q u é s ;
s in u s p é t io l a i r e f e rm é o u t r è s - é t r o i t à s o n o u v e r tu r e , a v e c u n v id e a r r o n d i
p a r l e f o n d ; d e n t u r e s l a r g e s , a l t e r n a n t a v e c d e s d e n t s p lu s p e t i t e s , u n p e u
a ig u ë s , t a n d i s q u e l e s p r e m i è r e s s o n t o b tu s e s e t g r o s s i è r e m e n t m u c r o n é e s â
l e u r e x t r é m i t é ; p é t io l e a s s e z f o r t , a t t e i g n a n t p r e s q u e l a lo n g u e u r d o la
n e r v u r e m é d i a n e .
G rappe m o y e n n e o n s u r -m o y e n n e , r a r e m e n t a i l é e , a s s e z s e r r é e , c y l i n d
r i c o - c o n iq u e , s o u v e n t a c c o m p a g n é e d ’u n g r a p p il lo n p a r t a n t d u n oe u d p é d o n c
u l a i r e , p o r t é e p a r u n p é d o n c u l e c o u r t , a s s e z fo r t, d ’u n b r u n r o u g e â t r e .
G rain s s p h é r iq u e s o u p r e s q u e s p h é r iq u e s , d e m o y e n n e g r o s s e u r , p o r t e s
p a r d e s p é d i c e l l e s a s s e z f o r ts , u n p e u c o u r t s , f i n e m e n t v e r r u q u e u x .
P e a u m i n c e e t c e p e n d a n t b i e n r é s i s t a n t e , d ’a n n o i r b l e u â t r e , p r u i n é à la
m a t u r i t é , q u i e s t d e t r o i s i èm e é p o q u e .
C h air a s s e z f e rm e , b i e n j u t e u s e , a s s e z s u c r é e , b i e n r e le v é e , à s a v e u r
s im p l e .